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Rubens Barrichello entra ‘de farol baixo’ no GP do Brasil
Por Raphael Ramos
Do Diário do Grande ABC
22/09/2005 | 08:21
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O cavalo é rampante e o vermelho simboliza fúria, força. Mas o homem que veste o macacão com esses predicados apresenta um discurso modesto, cauteloso até demais para quem defende a mais tradicional escuderia da história da Fórmula 1.

Quarta-feira, Rubens Barrichello (Ferrari) falou sobre suas chances de ganhar o GP do Brasil que acontece domingo em Interlagos como se fosse Antonio Pizzonia (Williams) ou Felipe Massa (Sauber), que já declararam o desejo de apenas pontuar em Interlagos. "Nossa expectativa é diferente dos últimos anos. Encaramos pela primeira vez em seis anos que não somos favoritos", disse. "Os últimos resultados da equipe não nos faz pensar nessa felicidade (vencer)".

O brasileiro, inclusive, espera tirar proveito do fato de não ter tanta responsabilidade de triunfar pela primeira vez em Interlagos. "Essa coisa de não ter tanta pressão pode trazer um resultado favorável, apesar de saber que hoje já sei lidar com essa pressão. Mas um o ambiente mais calmo pode ajudar e mais uma série de coisas podem nos fazer campeões do final de semana", afirmou.

O piloto também se apega a teorias do esporte número um do brasileiro para falar sobre sua atuação no domingo. "Vale a história de time de futebol que joga melhor em casa. Na Fórmula 1 é igual", disse. A estratégia para surpreender os favoritos já está traçada e inclui poupar os motores durante dos treinamentos, que começam nesta sexta-feira. "Não devemos estar lutando pela pole, então nossa preocupação é ganhar no domingo", afirmou.

Ciente das dificuldades e de saída para a BAR, Barrichello já declarou sua torcida para Fernando Alonso (Renault), que precisa apenas de um terceiro lugar para ser campeão. "Que ele vai ser campeão, não tenho dúvida. Então torço para ser no Brasil, pois seria uma emoção muito grande e inédita", afirmou.

Emoção que Barrichello confessa que sentirá por fazer no domingo seu último GP no Brasil pela Ferrari. "Vai ser emocionante, mas não triste. A emoção de ir para outra equipe também é muito grande", disse.

E é nesta outra equipe, a BAR, que o brasileiro espera ser reconhecido por sua experiência na Fórmula 1 e não ser tratado como segundo piloto como na Ferrari. Barrichello, inclusive, reagiu com tranqüilidade à oficialização da permanência de Jenson Button na escuderia. "Estou contente, a BAR terá dois pilotos gabaritados, com vontade máxima de realizar um bom trabalho e nível muito bom de competitividade", afirmou. "Seria pensar pequeno (depositar todas as fichas apenas em Button). Não acredito que depois de seis anos (tempo em que esteve na Ferrari), a coisa seja levada, de novo, para este lado".




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