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Siraque vive expectativa
com fritura de ministro
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
10/06/2011 | 07:10
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O processo de fritura pelo qual passa o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio (PT-RJ), está interferindo diretamente nos bastidores do meio político de Santo André. Isso porque o líder do governo Dilma Rousseff, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), é um dos nomes mais cotados para substituir o petista, o que acarretaria no ingresso do primeiro suplente da sigla, Vanderlei Siraque (PT), à Câmara Federal.

Com a situação insustentável no ministério, Luiz Sérgio tende a entregar o cargo hoje à presidente. Ontem, por meio do microblog Twitter, ele desmentiu que já tivesse pedido para deixar a Pasta. A assessoria do ministro diz que ele aguarda reunião com Dilma para definir seu futuro. Fora Vaccarezza, outros nomes que aparecem com força no cenário são dos ministros da Pesca, Ideli Salvatti, e Saúde, Alexandre Padilha, e dos deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Pepe Vargas (PT-RS).

Siraque preferiu utilizar o tom de cautela para se referir à iminente mudança no primeiro escalão da administração. "Acredito que a alteração não deveria acontecer neste momento, pois não se pode ceder à pressão. Mas a escolha compete tão somente à presidente." O petista admite que ficaria satisfeito caso Vaccarezza fosse referendado. "Ele já tinha chance de ocupar o posto antes. Tem bom trânsito com deputados e senadores. Não acho impossível de ocorrer, não vou fazer articulação, porém estou pronto para assumir."

Para o ex-deputado estadual, a possibilidade de ocupar a cadeira ainda é remota devido ao leque de quadros. "Dilma pode chamar alguém que não seja de São Paulo. Com isso, não seria eu o alçado. De qualquer forma, se eu fosse ele (Sérgio), pediria demissão, porque está sem condições de prosseguir", comentou Siraque sobre o problema com a própria base de sustentação.

O grupo ligado ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e ao líder do PT no Legislativo, Paulo Teixeira (SP), querem Arlindo Chinaglia (PT-SP). Vaccarezza, no entanto, costurou apoio com diversos partidos da base, entre eles o PMDB, PSB, PCdoB e PDT.

Segundo o deputado federal e ex-prefeito de Diadema José de Filippi Júnior (PT-SP), cogitar qualquer panorama ainda é precipitado, tendo em vista que Sérgio se mantém oficialmente no cargo. "Não acredito que a simples saída seria a solução. Considero que o Vaccarezza está bem na liderança. Mas, se o Siraque assumir, será grande reforço na Casa."

 

LOBBY

A presidente Dilma Rousseff indicou que pretende fechar o cerco contra o lobby do PT no Congresso. Em evento ontem, a chefe da Nação sondou a ministra Ideli Salvatti para a possível troca no lugar de Luiz Sérgio. Segundo fontes ligadas ao Palácio do Planalto, grande parte dos aliados demonstra descontentamento com a hipótese.

Durante mandato no Senado, a catarinense aglomerou desgastes frequentes com colegas do PMDB e de oposição. Na Câmara Federal, Ideli também sofre rejeição, principalmente em razão de a articulação aflorar dentro da Casa.




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