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Greve nos Correios continua em SP
Por Adriana Mompean
Do Diário do Grande ABC
22/09/2005 | 08:33
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Os funcionários dos Correios no Grande ABC, Região Metropolitana de São Paulo e Sorocaba rejeitaram quarta-feira em assembléia a proposta do Tribunal Superior do Trabalho, que previa reajuste salarial de 8,5% a partir de 1º de agosto, 3,61% em fevereiro de 2006, abono de R$ 800 e o não desconto dos dias parados. O ponto de discórdia dos grevistas é a reposição das horas não-trabalhadas no período da paralisação.

"Não aceitamos repor as horas paradas, e a greve continua", afirma Djalma Lúcio, diretor regional do Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telegráfos de São Paulo). Na região, os sindicalistas programaram para esta quinta-feira dois piquetes nos postos centralizadores de Santo André. De acordo com Lúcio, a adesão dos funcionários do Grande ABC chega a 80%. Nesta quinta-feira os grevistas realizam nova assembléia para discutir o assunto.

Dos 33 sindicatos filiados à Fentect (Federação dos Empregados dos Correios), 14 rejeitaram a proposta do presidente do TST, ministro Vantuil Abdala. A proposta foi submetida a 23 assembléias realizadas quarta-feira em todo o país. Nove sindicatos aceitaram a proposta, e os funcionários devem retornar nesta quinta-feira ao trabalho. Entre esses sindicatos estão os do Rio de Janeiro, Bahia, Distrito Federal, Alagoas e Rio Grande do Norte.

Os Correios apresentaram quarta-feira dissídio econômico que foi aditado ao dissídio de greve no TST. Em razão disso, o ministro Vantuil Abdala adiou o desfecho da audiência de conciliação entre grevistas e Correios para esta quinta-feira, às 17h. De acordo com o TST, a providência é necessária para que a Fentect apresente defesa em relação ao dissídio aditado.

De acordo com a Fentect, a paralisação nos Correios tem a adesão de 75% dos funcionários no país, informação desmentida pela ECT (Empresa de Correios e Telégrafos). Fausto Weiler, porta-voz da empresa, informou que quarta-feira a paralisação atingia cerca de 9% dos 108 mil funcionários, número que deverá cair significativamente no país nesta quinta-feira.




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