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EUA querem incluir países emergentes nas reuniões do G-7
Por Da AFP
21/09/2005 | 20:07
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O subsecretário do Tesouro americano encarregado das Relações Internacionais, Tim Adams, anunciou nesta quarta-feira que os Estados Unidos querem que o G-7 abra espaço a alguns países emergentes em suas reuniões.
 
"Acredito que devamos colocar alguns destes países no caminho que leva à participação plena no G-7", afirmou Adams, referindo-se aos cinco países convidados este ano para o almoço de trabalho do grupo.

Os ministros das Finanças e presidentes do Bancos Centrais de Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul foram convidados para este almoço, que será na próxima sexta-feira, por volta de meio-dia, em Washington.

"Resta saber, se devemos chamá-lo de G-7 ou achar um outro nome", acrescentou Adams, ressaltando, porém, que "é claro que deveremos proceder de maneira comedida nesse processo".

"Mas eu penso que precisamos de uma instituição, o G-7, que reflita as mudanças da economia mundial, para que possamos nos assegurar de que estes atores cruciais estarão na mesa quando discutirmos esses temas tão importantes", defendeu.

A Rússia participa como convidada das reuniões do Grupo dos Sete.

Em 2004, as autoridades chinesas já tinham sido chamadas, mas não foram a Washington na última primavera (hemisfério norte), alegando problemas de agenda. Na ocasião, os sete países mais ricos do mundo voltaram a pedir ao país asiático maior flexibilidade na taxa de câmbio de sua moeda, o iuane.

Um porta-voz do Tesouro explicou na segunda-feira a decisão de convidar estes cinco países ao almoço do G-7, avaliando que permitirá "um diálogo permanente com cinco das mais importantes economias emergentes".

A idéia de ampliar o G-7 foi evocada há uma semana pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF, Institute of International Finance), um organismo baseado em Washington que reúne mais de 340 instituições financeiras privadas.

De acordo com o IIF, os sete países mais ricos deveriam se associar às grandes nações emergentes no Grupo dos 11 para melhor pilotar a economia mundial. A entidade propõe incluir Rússia, China, Brasil e Índia, alegando que as novas realidades da economia mundial exigem a presença destes países emergentes na mesa de negociações do G-7.

O IIF sugere ainda que o Fundo Monetário Internacional (FMI) tenha um papel mais ativo neste novo grupo, em vista dos perigos que, segundo ele, ameaçam o crescimento mundial.

O G-11 também poderá possibilitar o avanço das negociações multilaterais sobre a liberalização do comércio mundial, bloqueadas atualmente, insistiu o IIF.




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