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Financiamento puxa venda de importados
Priscila Dal Poggetto
Do Diário do Grande ABC
22/08/2007 | 07:00
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Financiar carro importado é uma prática cada vez mais comum no País. A evolução já está semelhante à dos carros nacionais – as parcelas chegam a 60 vezes e as taxas de juros variam entre 0,49% e 1,5% ao mês. A disponibilidade de crédito para a compra de carros de luxo é o principal fator que alavanca o segmento.

De acordo com dados da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), de janeiro a julho foram vendidas 4.843 unidades às revendedoras. O volume é 62,2% superior ao de 2006, quando entraram nos estoques 2,9 mil unidades.

Em relação aos financiamentos, a Abeiva acredita que os parcelamentos não chegarão ao patamar de 84 vezes, como ocorre no mercado de nacionais. Entretanto, acredita que as montadoras que fazem operações financeiras tragam mais vantagens ao consumidor.

É o caso da BMW. Segundo o gerente comercial da concessionária Agulhas Negras, com loja em São Bernardo e em Santos, Claudio Cintra Canalonga, a compra de qualquer modelo zero pode ser feita em até 48 meses. Se a entrada for de 40%, a taxa cobrada é de 0,69% ao mês, abaixo da média do mercado.

“Como o carro é europeu, a variação de câmbio é diferente. O cálculo da cotação é feito a partir de uma média anual do euro em relação ao dólar. Como os recursos financeiros ficam vinculados ao preço do carro, quando há queda da cotação do dólar, o valor também é revertido no financiamento”, explica o gerente.

Com público diferente, a Kia Motors parcela em até 60 vezes. As taxas de juros variam entre 1% e 1,4% ao mês, de acordo com o modelo financiado.

Mercado - Para a Abeiva, o incremento expressivo das vendas também é justificado pela retomada do equilíbrio do mercado neste ano, já que em 2002 as importadoras comercializavam em igual patamar. Por esse motivo, o crescimento das vendas em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, é de 89,17%.

Outro aspecto apontado pelo gerente da Agulhas Negras como estímulo de compra é o aumento da garantia. “No caso da BMW chega a quatro anos”, comenta.

Diante desse mercado, a Abeiva afirma que no próximo mês revisará a previsão para este ano de 7 mil unidades importadas por suas associadas – BMW, Ferrari, Kia, Maserati, Porsche e SsangYong.

“Se continuar assim acredito que vá faltar carro”, ressalta o gerente da concessionária BMW.

Antes da manifestação da Abeiva, a Porsche anunciou que pretende crescer 20% neste ano ante 2006 e atingir a marca de 500 unidades comercializadas. Número puxado pelo modelo mais vendido, o Cayenne, que caiu no gosto dos executivos brasileiros.



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