Setecidades Titulo Saúde em colapso
Sobe para 32 o número de mortes na fila por leitos

São Bernardo e Ribeirão Pires confirmaram mais sete óbitos de pacientes que aguardavam leito

Por Aline Melo
20/03/2021 | 00:17
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EBC


Subiu para 32 o número de pessoas que morreram aguardando por uma vaga de internação por meio da Cross (Central de Regulação de Serviços de Saúde), gerenciada pelo governo estadual.

Ontem, Ribeirão Pires informou que mais duas pessoas morreram, uma mulher de 41 anos e um homem de 46 anos. Os dois estavam internados no hospital de campanha da cidade, que tem 100% dos leitos ocupados. A cidade já tinha computado outros oito óbitos.

Também ontem, São Bernardo informou que desde a última terça-feira, cinco idosos com comorbidades, que chegaram a UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em estado grave, vieram a óbito durante processo de transferência para leitos cedidos pela Cross. Outros seis pacientes também morreram na cidade, segundo a Prefeitura, nas mesmas condições. Os novos casos somam-se às cinco mortes de Diadema, três de Mauá e outros três de Rio Grande da Serra.

Em cinco das sete cidades do Grande ABC, 196 pessoas aguardam por internação, sendo 89 para UTI e 107 para enfermaria. A cidade com maior número de pacientes na fila de espera da Cross é São Bernardo, onde 78 pacientes estão em atendimento, mas ainda sem um leito. São 37 para UTI e 41 para enfermaria. Em Diadema, 38 pessoas aguardam pela hospitalização adequada, 13 em UTI e 25 em enfermaria. Mauá tem 32 pessoas na fila, sendo 18 para UTI e 14 para enfermaria.

São Caetano, que tem dado conta de atender toda a demanda da sua população, tem 27 pessoas, todas moradoras de outros municípios, aguardando por leitos. São oito para UTI e 19 para enfermaria. Em Ribeirão Pires, cidade com maior número de óbitos entre pacientes que esperavam por um leito, outras 21 pessoas seguem aguardando pela internação: 13 na UTI e oito na enfermaria. Santo André não tem nenhum paciente aguardando por leito e Rio Grande da Serra não respondeu até o fechamento desta edição.

Entre as cidades, de acordo com os boletins diários, as ocupações dos leitos são as seguintes: Santo André tem 91% de ocupação na enfermaria e 90% na UTI, considerando as redes públicas e privadas; São Bernardo tem 88% das UTIs e 87% das enfermarias ocupadas; São Caetano tem 91,5% de ocupação na UTI e 92% na enfermaria; Diadema tem 99% dos leitos ocupados. Mauá e Ribeirão tem 100% de ocupação.<EM> 




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