Memória Titulo Memória
Sob as ordens do sargento Ludovico

Quem abre a Memória hoje é um colega da Turma 1969 do glorioso Tiro de Guerra de São Bernardo, o bacharel em administração de empresas Sidnei dos Santos Carvalho, o cabo Carvalho

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
06/03/2021 | 07:00
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Lembranças do atirador 360

Texto: Sidnei dos Santos Carvalho

Estão se completando neste ano de 2021, 52 anos da minha vivência e convivência com os atiradores da 5ª Turma, a turma do sargento Ludovico.
Nossa turma era composta por 64 atiradores, cada qual com suas peculiaridades: uns mais extrovertidos, outros nem tanto.

No início tudo era novidade. Muitos de nós nunca tinham tido contato com os princípios militares. Com o passar dos dias, o relacionamento entre o grupo foi se acentuando e, com isso, tornando nossa estada mais aceitável e produtiva.

O sargento Ludovico era muito exigente com a nossa postura e disciplina: 64 rapazes com ideias e ideais bastante diferenciados.
Um bordão que o nosso instrutor sempre lembrava: “Quando tiver que fazer algo, faça-o bem feito, para fazer uma só vez”, frase que incorporei ao meu cotidiano!

Na turma, éramos dois com o nome de Sidnei e, para nos diferenciarmos, adotei o nome de guerra de ‘Carvalho’.
Por uma deferência do sargento Ludovico, eu passei a exercer as funções de atribuição exclusiva de um ‘cabo’: colocar a tropa em fila, no início das instruções; comandar os atiradores nos plantões noturnos, entre outras.

Lembro, com nostalgia:
- das marchas de deslocamento a pé, nas imediações da Estrada dos Casa e ao longo da Estrada do Alvarenga, já quase em Diadema;
- dos momentos transcorridos em meu primeiro plantão noturno, ocorrido em 4 de abril daquele 1969, uma Sexta-Feira Santa;
- das instruções sobre o fuzil Mauser 1910, peças, limpeza e exercícios de tiro no stand do Jardim Silvina;
- dos treinos realizados em São Caetano, em preparação à nossa participação no desfile (com luminárias) de 7 de setembro, na cidade de São Paulo;
- do ato do nosso juramento à Bandeira Nacional, transcorrido no dia 19 de novembro, no qual tive o privilégio de fazer parte da Guarda de Honra.

O ano de 1969 foi o último em que a sede do TG ficou instalada na Rua Marechal Deodoro. Em 1970 foi transferida para as instalações da Vila Militar, no Jardim Silvina.
a última vez que passei pelo local do antigo TG, um filme passou pela minha cabeça. Saudades dos dias maravilhosos que aí convivi com o sargento Ludovico e os queridos companheiros da 5ª Turma, dos quais infelizmente não tenho mais nenhum contato, pois, naquela época, não havia as facilidades de comunicações, hoje à nossa disposição.

DA VILA BAETA PARA A VILA ASSUNÇÃO
1950, 16 de junho – O nascimento em São Paulo, Capital.
1969 – Morava na Vila Baeta Neves, em São Bernardo.
2021 – Reside na Vila Assunção, em Santo André.
Formação – Administração de empresas, formado em 1978.
Trabalho – Carreira no Banespa, onde se aposentou em 1976.
Igreja – Exerce atividades humanitárias na Matriz de Santo André, inclusive participando da Pastoral da Liturgia.
Esposa – Nanci Oliveira Carvalho.
Filhos – Vanessa e Sidnei Junior.
Netas – Izabela e Ana Carolina.

Diário há meio século

Sábado, 6 de março de 1971 – ano 13, edição 1478
Manchete – Tragédia no Estádio da Fonte Nova, em Salvador, durante o jogo entre Vitoria e Grêmio. Pânico e atropelo na multidão. Três mortes, mais de 2.000 feridos. Presidente Medici estava no estádio.
Grande ABC – Os médicos Oity de Campos e Ernesto Emanuel Kahn, legistas responsáveis por laudos periciais na região, pedem demissão por falta de condições materiais e humanas.

Santas do Dia

- Inês de Praga (ou Boemia).
- Coleta (Nicoleta).

Da PRV-8 – Rádio X à PRK-30

Texto: Milton Parron

O rádio brasileiro, proporcionalmente mais do que a televisão, revelou um enorme elenco de artistas com grande talento para a comédia. A maioria deles também foi aproveitada pelo cinema e pela televisão.

Para citar apenas dois, Lauro Borges e Castro Barbosa. Eles criaram no rádio carioca, em 1939, o programa PRV-8 – Rádio X, de pouca duração, mas de vital importância por ter sido o embrião do antológico PRK-30, que estreou no dia 19 de outubro de 1944 e foi ao ar pela Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro.

Graças ao enorme sucesso, a dupla foi contratada a peso de ouro pela poderosa, e também carioca, Rádio Nacional, onde a PRK-30 começou a ser transmitida a partir de 27 de setembro de 1946.

O besteirol, sem apelações para o duplo sentido, sem o exagero escatológico tão a gosto dos humoristas de agora, era a marca registrada da PRK-30, que, escutada hoje, graças às gravações da época, mesmo com as piadas ambientadas lá atrás, arrancam gargalhadas do mais azedo dos ouvintes porque o besteirol não tem idade e não respeita mau humor de ninguém.

EM PAUTA – Rádio Bandeirantes AM (840) e FM (90,9) – O Humor no Rádio. Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje, sábado, às 22h, ou após o futebol, com reprise amanhã, domingo, às 7h, e durante madrugadas da semana. 




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