Economia Titulo Greve pode chegar ao fim
TST marca para sexta-feira dissídio coletivo dos Correios

Paralisada há 22 dias, categoria espera que 79 cláusulas, como vale-alimentação, sejam mantidas

Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
09/09/2020 | 00:04
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Há 22 dias paralisados, os trabalhadores dos Correios agora esperam a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) acerca do dissídio coletivo da categoria, que será definido na sexta-feira, às 15h – quando a greve pode chegar ao fim.

“Queremos o diálogo e uma negociação séria que mantenha os direitos da categoria. Na última conciliação, o TST fez uma proposta de manutenção do acordo, mas a empresa rejeitou. Não queremos aumento, apenas a manutenção dos direitos e respeito à decisão judicial de 2019”, assinalou o diretor da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas em Correios, Telégrafos e Similares), Douglas Melo.

Segundo Melo, eles abririam mão do reajuste salarial em detrimento da validade das 79 cláusulas do acordo coletivo, que a princípio se estenderiam até 2021 – decisão que foi alterada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a pedido da estatal, ao justificar dificuldades financeiras, e que motivou a greve.

O valor médio do rendimento dos trabalhadores dos Correios é de R$ 1.800. “Trocamos por muitos anos salário por benefícios e, agora, o governo quer reduzir benefícios, porém, estamos sem um salário razoável”, declarou.

Um dos pontos mais importantes para a categoria, de acordo com o diretor da Fentect, é o vale-alimentação que, segundo ele, no último mês foi reduzido em R$ 156 – o benefício era de R$ 1.251. “Ao fazer isso em plena pandemia, e com o aumento dos preços dos alimentos (por causa do aumento da demanda impulsionado pela quarentena e pelo isolamento físico), a empresa tirou a comida da mesa do trabalhador”, disse.

No Grande ABC, há 19 centros de distribuição e 1.200 profissionais, dos quais 80% permanecem com os braços cruzados, conforme a entidade. 




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