O Barcelona de Ronaldinho Gaúcho e companhia entra em campo nesta quinta-feira, às 8h20 (horário de Brasília), em Yokohama (Japão), pela semifinal do Mundial de Clubes, negando qualquer favoritismo contra o América do México, que chegou primeiro ao Japão para iniciar sua preparação.

O Barcelona quer fechar de forma brilhante um ano de sonho, no qual já ganhou a Liga dos Campeões e a Liga Espanhola 2005/2006. O Mundial de Clubes é o único título que falta ao clube, derrotado em 1992 pelo São Paulo.

O técnico Frank Rijkaard nega a condição de favorito e afirma que o time japonês leva vantagem por ter chegado primeiro ao Japão, onde está desde 6 de dezembro, enquanto o Barça só chegou cinco dias depois.

"Chegamos com confiança, mas temos a desvantagem com relação às equipes que estão há mais tempo aqui. Não se pode falar de favorito. Todo mundo fala do Barcelona e não estou de acordo. O América também tem bons jogadores, como Claudio López e Cuauhtémoc Blanco, que, se tiverem espaço e liberdade, podem fazer a diferença numa partida", afirmou.

Rijkaard quer ganhar como treinador o Mundial de Clubes, título que já conquistou como jogador, quando venceu a Copa Intercontinental com o Milan em 1989 e 1990. Dessa forma, igualaria o recorde dos uruguaios Juan Múgica e Luis Cubilla. Uma das atrações do jogo será o duelo entre o zagueiro Rafa Márquez e seus compatriotas mexicanos.

Ronaldinho, por sua vez, também afirmou nesta terça-feira que o Barcelona não é favorito. "É a primeira vez desde que cheguei ao Barcelona que minha equipe não parte como favorita em uma competição. Acabamos de chegar e não nos habituamos ao fuso horário. Como o América está aqui há alguns dias e já se acostumou, não somos favoritos", disse o craque brasileiro. "Teremos que superar isto com motivação, com vontade de ganhar, mas não será fácil vencer a competição", acrescentou.

Para o astro brasileiro, o jogo contra o América será igual. "As duas equipes gostam de ter a posse de bola, de atacar. Será uma partida muito aberta. Os dois times têm grandes jogadores. Cada um em seu país é muito forte. Esta é a primeira vez que o Barça não é favorito. Somos conscientes de que será difícil ganhar esta competição", disse.

Já o América contará com uma arma psicológica favorável: o argentino Claudio "Piojo" López, que anotou 12 gols em 14 partidas contra o Barcelona nos quatro anos que atuou pelo Valencia. O técnico Tena necessitará da inspiração de Claudio López e de um pouco mais de efetividade do que na partida contra o Jeonbuk.

"Vamos enfrentar uma esquadra perfeita, que joga com a máxima concentração. É preciso maior concentração e aproveitar todas as ocasiões. Temos de evitar a conexão de seus jogadores, mas isso é difícil porque jogam com um ou dois toques", disse Tena.

O técnico da seleção brasileira, Dunga, que está no Japão para comentar as partidas do Mundial de clubes para a rede de televisão japonesa NTV, afirmou nesta terça-feira que o jogo das semifinais entre Barcelona e América do México será muito bonito.

"O América deverá ser mais rápido que o Barcelona se quiser vencer, já que o time espanhol também é muito técnico. Será uma partida muito bonita porque as duas equipes gostam de jogar com a bola", disse o capitão do Brasil na conquista da Copa do Mundo de 1994.

Dunga acredita que o América terá problemas se o Barça tiver maior posse de bola. "O Barcelona gosta de ter a bola e o América não gosta de marcar, por isso sofre quando perde a posse de bola", destacou.

Ficha:
Barcelona: Víctor Valdés; Lilian Thuram, Carlos Puyol, Rafa Márquez e Gianluca Zambrotta; Edmilson, Deco e Xavi Hernández; Giuly, Ronaldinho e Gudjohnsen.

América: Guillermo Ochoa; José Antonio Castro, Duilio Davino, Ricardo Rojas e Oscar Rojas; Germán Villa, Alejandro Argüello e Juan Mosqueda; Salvador Cabanas, Cuauhtémoc Blanco e Claudio 'Piojo' López.

Árbitro: Oscar Ruiz (Colômbia)