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Solidão transformada em luz

Escritora andreense Lari Germano apresenta terceira obra, ilustrada por 91 poemas

Por Vinícius Castelli
15/12/2019 | 07:46
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Denis Maciel/DGABC


A arte, às vezes, acontece de maneiras inesperadas. Com a escritora andreense Lari Germano, desta vez, surgiu de uma urgência. De um momento de solidão que precisou tomar vazão de alguma forma. Se transformar, deixar de ser algoz e se tornar uma companhia.

Foi assim que nasceu seu novo livro e terceiro da carreira, Reveses da Solidão, que ganha vida ilustrado por 91 poemas. A obra é resultado de cerca de três anos de trabalho. A ideia surgiu em um momento de bastante silêncio na vida da escritora. O trabalho era realizado em sala isolada e a correria diária fazia com que não sobrasse tempo para muitas conversas em casa. Ela conta que essa ausência de contato, aliada ao trabalho desgastante, era dolorida. “Vem muita coisa ruim de uma solidão dessas, mas boa também”, diz.

E vieram, em forma de palavras. “Em lugar da escuridão, a poesia”, afirma. Ela conta que a sugestão não é apenas entreter, mas causar reflexão, de algum modo. “Vamos refletir sobre estar só. Coisas que não são reais. Coisas que são reais. Vamos pensar no amanhã, ter esperança, levantar felizes, ainda que não saibamos qual será o espírito da tarde que vem vindo”, explica.

Lari revela que, com a realização de Reveses da Poesia, aprendeu que a dor não é um fim, mas um meio. “Ela passa. Mas antes, nos leva a algum lugar. Sem ela, talvez não possamos enxergar para onde queremos ir, o que realmente importa na vida. Isso é meio clichê, mas é muito verdadeiro. Então, melhor encará-la e dispor-se a abraçar o que ela nos traz”, diz.

Obra independente, Reveses da Solidão não está estampado em folhas de papel. Desta vez, Lari decidiu lançar somente em formato digital. Pode ser encontrado no site www.amazon.com e lido no celular,  tablet ou computador. Custa US$ 1 (cerca de R$ 4,20). É necessário baixar o aplicativo Kindle, disponível gratuitamente nas lojas digitais.

Ela conta que não há custos em lançar digitalmente. Além disso, “é uma maneira muito democrática de publicar”. Lari acredita que ,assim, quem for ao encontro do livro, é por realmente estar com interesse em ler. A escritora conta que, quando um escritor independente lança a obra no papel, muitos compram para ajudar nas vendas. E ela, neste momento, está focada que consumam, de fato, o que ela escreve.

Mas o que a atraiu nessa opção não foi somente isso, mas a possibilidade de alcançar público de perto e de longe. “Gente que eu não conheço. Isso não é fácil, porque conquistar o leitor, onde quer que ele esteja, é tarefa difícil. Ainda mais falando em poesia. Além disso, sendo o terceiro livro, quero, mais que vender exemplares, ser lida. E, desta forma, garanto que aquele que adquire o livro está interessado mesmo no que vai dentro. E essa é a pretensão”, encerra. 




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