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Professores protestam contra salários atrasados

Ato realizado ontem à noite reuniu docentes, funcionários e alunos da Universidade Metodista

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
30/08/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


A Universidade Metodista, em São Bernardo, continua a atrasar o pagamento de salários e benefícios dos funcionários e professores. Como o problema se estende desde o início do ano, os profissionais receberam o apoio de estudantes em protesto realizado ontem à noite na rua defronte à instituição de ensino superior. Diante do caso, uma nova greve não está descartada.

Pelo menos 50 pessoas participaram do ato, que começou por volta das 18h30, na Rua do Sacramento. “Estamos lutando pelo mínimo. Além de o ato ser pelos nossos direitos, lutamos também em defesa do ensino superior. Além da união das categorias, os alunos estão sendo muito solidários e recebemos todo apoio deles”, comenta a professora e integrante da diretoria plena do SinproABC (Sindicato dos Professores do ABC), Cristiane Gandolfi. 

O presidente do sindicato, José Jorge Maggio, diz que providências devem ser tomadas sobre o cenário. “Vamos cobrar a Metodista diariamente para que todas as pendências sejam solucionadas. Além dos docentes e funcionários, todos os alunos sofrem com isso”, ressalta.

De acordo com a entidade, além dos salários de julho e agosto – acreditam que pelo menos um desses pagamentos sairá até dia 10 de setembro –, estão atrasados vales alimentação e transporte. Durante o protesto, os docentes também reivindicaram o depósito do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), em atraso desde 2015.  

Professores, funcionários e alunos seguem indignados pelo fato de a instituição descumprir acordo firmado no dia 17 de maio para quitação dos atrasados, e que determinou o encerramento de uma greve, após 21 dias de paralisação.

Os professores decidiram, durante o ato, ir ao trabalho diariamente com roupa preta e, no quinto dia útil, usar camiseta com os dizeres “Metodista Pague Nosso Salário”. 

Além de cobrar o pagamento dos atrasados, o sindicato solicita que a Justiça do Trabalho aplique multa de um salário para cada trabalhador por infração cometida. “Estamos pressionando o pagamento de multas pelo atraso”, comenta José Jorge. 




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