Um vai para a final da Copa América. Outro vai sofrer consequências imprevisíveis. Um dos maiores clássicos do mundo, Brasil e Argentina, que jogam hoje, às 21h30, no Mineirão, vai deixar sequelas, principalmente no perdedor. Eliminação em casa diante de rival instável colocaria mais dúvidas do que certezas sobre a sequência de Tite à frente da Seleção Brasileira. Do outro lado, tentando se remontar após péssima Copa do Mundo, os argentinos acumulariam mais um ano às 26 temporadas sem títulos e colocariam peso extra em geração que parece ser melhor no papel do que com a bola nos pés.

Como todo clássico, mistério foi a tona da véspera da partida. Tite ganhou reforços do lateral-esquerdo Filipe Luís e do atacante Richarlison, que treinaram com bola, mas não se sabe se eles serão aproveitados. A única certeza é a volta de Casemiro no lugar de Allan.

Certo também é que ninguém na Seleção tem medo do “fantasma do Mineirão”. Este será o primeiro jogo no estádio após a trágica derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa de 2014. “Se a torcida puder trazer todo o carinho que tem dado quando chegamos ao hotel para o estádio vai deixar a mim e a todos os atletas gratificados e fortalecidos. O que temos é o momento, um grande clássico no lugar, talvez, que tivemos mais carinho do torcedor”, minimizou Tite.

Outro assunto que monopolizou a coletiva de imprensa foi Messi. Tite surpreendeu ao dizer que não se pode anular o craque do Barcelona. “A Argentina cresceu em termos coletivos. A coletividade potencializa a individualidade. Não se anula Messi. Pode-se diminuir as ações dele, mas não se consegue neutralizar. Assim como não se neutraliza jogadores como Coutinho, Firmino e Willian. Eles vão ser decisivos em alguns momentos”, analisou o treinador.