A Prefeitura de Santo André e a Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado de São Paulo se reuniram ontem para debater assuntos relacionadas ao Núcleo Habitacional Chácara da Baronesa. Situado entre os municípios de Santo André e São Bernardo, a área está integrada ao Parque Estadual Chácara da Baronesa, e abriga cerca de 2.000 famílias que aguardam, há dez anos, por desocupações, atendimento habitacional aos moradores e melhorias.

No encontro, foi decidido que serão realizados estudos para identificar todos os órgãos e departamentos que precisarão atuar em conjunto para que a situação seja resolvida. Vivendo em área irregular, as famílias não contam com abastecimento de água nem coleta de esgoto; convivem com o lixo jogado no trecho do Córrego Taióca, que passa dentro da comunidade, além de enfrentar dificuldades para obter atendimento na rede básica de saúde, pela ausência de comprovantes de residências.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura, essa é a primeira vez que serão pensadas e discutidas ações de forma conjunta entre as administrações municipal e estadual. Além da Prefeitura e do Governo Estadual, também fará parte dos estudos a Câmara Municipal, para definir cronograma de ações e revitalizar a região.

A Prefeitura destacou que outros encontros e diálogos serão agendados pelo governo do Estado para encaminhamento de trabalhos em conjunto, ainda sem previsão de data para as próximas agendas.

Ocupação iniciada na década de 1980, a Chácara da Baronesa está em área integrada ao Parque Estadual da Chácara Baronesa, área de 340 mil metros quadrados tombada pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio, Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) na década de 1990.