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Dólar será fator de pressão para o IPCA em 2006
18/12/2005 | 08:06
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Para três empresas de consultoria, o câmbio será o principal fator de alta para a inflação em 2006. Podem pesar no próximo ano também, mas o cenário por enquanto é incerto, a disparada dos preços das commodities no mercado internacional, principalmente das metálicas, e as eleições gerais.

Segundo o economista Antonio Madeira, da MCM Consultores, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2006 deve subir 4,8%, ou 0,3 ponto porcentual acima do centro da meta estipulada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para o período. “Esta projeção, levemente mais alta, é atribuída à curva ascendente do câmbio”, explica o economista. Sua estimativa é de que a cotação da moeda norte-americana será de R$ 2,50 ao final do ano que vem.

Na Rosenberg & Associados, a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo de 2006 também está levemente acima do centro da meta, em 4,7%. O câmbio, segundo o economista Fernando Fenolio, também é o responsável pela projeção um pouco mais alta do que a meta e do que a mediana das expectativas do mercado, de 4,5%, mostrada na última pesquisa Focus do Banco Central.

Tranqüilidade – “Por enquanto, estamos tranqüilos com a inflação do próximo ano, mas é preciso lembrar que há eleição e que as commodities metálicas estão subindo no exterior e, por enquanto, ainda não sabemos como se dará o impacto destes movimentos aqui”, avaliou Fernando Fenolio. Para ele, a inflação de 2006 começará “muito bem”, com uma baixa inércia trazida de 2005, ao contrário do que ocorreu de 2004 para este ano.

Já o economista Guilherme Maia, da Tendências Consultoria Integrada, ressaltou que a inércia não será elevada, mas também não ficará tão baixa como o imaginado anteriormente. “A inflação medida no último trimestre de 2005 está um pouco mais alta do que o previsto e, portanto, haverá uma inércia maior”, explicou.

Revisão – Este movimento, de acordo com Guilherme Maia, deverá fazer com que nos próximos dias a consultoria revise para cima sua projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo de 2006, hoje em 4,2%, abaixo do centro da meta. Ele também acredita que o comportamento das commodities poderá influenciar a inflação do próximo ano.




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