Prevista para ser concluída no segundo semestre de 2016, a construção do Caps AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) de São Caetano, situado no bairro Mauá, está praticamente pronta, mas ainda depende de detalhes para ser entregue à população. Diante disso, a administração municipal prorrogou em mais 180 dias, ou seja, até dezembro, o prazo de conclusão das obras do equipamento.

Segundo a Prefeitura, a prorrogação do contrato tem por objetivo “amparar a finalização dos serviços e eventuais serviços complementares”. A unidade, que já está com a estrutura totalmente pronta, conforme apurado pelo Diário, depende, no momento, apenas da instalação de elevador na área externa do complexo.

Situada na Rua dos Castores, a nova unidade abrigará os serviços oferecidos atualmente pelo Caps AD, que funciona em equipamento alugado na Rua Santo Antônio, no Centro. A expectativa é que com a mudança o município dobre a quantidade de atendimentos do serviço, hoje estimado em cerca de 60 pacientes por dia.

Além disso, o prédio da atual unidade será devolvido, por meio do programa Aluguel Zero, com o qual a Prefeitura pretende acabar com os gastos com a locação de imóveis.

Referência no atendimento psicossocial, a nova unidade terá 1.200 m² de área. O espaço contará com quatro consultórios, duas salas de grupo, enfermagem, farmácia, sala de repouso, áreas de atividades e convivência e refeitório. Existe ainda estudos para que o equipamento funcione 24 horas por dia.

“Será um equipamento muito bom para o fortalecimento da política de Saúde mental da cidade”, disse a dona de casa Sônia Pires, 48 anos.

A construção do equipamento, inclusive, só foi possível após negociações entre Prefeitura e o governo federal. Isso porque estava prevista a abertura de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas no local, projeto este que acabou sendo engavetado na última gestão, chefiada pelo ex-prefeito Paulo Pinheiro (ex-MDB, atual DEM).

REVISÃO

Por meio de nota, a Prefeitura de São Caetano informou ainda que realizou revisão dos projetos em andamento no início desta gestão municipal, no ano passado – e, considerada a complexidade das diretrizes para o atendimento público de Saúde mental –, fez-se necessária a reprogramação dos serviços contratados, com o atendimento a demandas programáticas da área da Saúde, inclusão de melhorias para facilitar a manutenção predial e incremento das compensações socioambientais envolvidas no projeto. 

O custo total previsto para a viabilização do Caps AD é de aproximadamente R$ 2,4 milhões, sendo R$ 2 milhões referentes ao repasse do governo federal e R$ 395 mil contabilizados como contrapartida municipal.