Primeiro suplente do PSDB na Câmara de Santo André, Dárcio Caselli recorreu da decisão da Justiça de manter o mandato de Samuel Siqueira (PDT). No início do mês, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) julgou improcedente o pedido do tucano, que, respaldado em uma resolução do próprio TSE sobre infidelidade partidária, reivindicou o cargo eletivo do pedetista.

A decisão, porém, foi favorável a Siqueira. Segundo avaliação do TSE, o vereador se desfiliou do PSDB (partido pelo qual foi eleito) em setembro de 2005. Portanto, antes da data determinada pela resolução: 27 de março deste ano.

O recurso será julgado apenas em meados de janeiro, uma vez que o Tribunal entrou quarta-feira em recesso.

“Até por se tratar de uma matéria nova, a atitude do juiz foi precipitada, meio desastrosa. A expectativa é boa, e acreditamos que o caso será revisto”, explicou Pedro Bottallo, advogado de Caselli.

Siqueira recebeu a notícia com surpresa. “Fica até difícil falar alguma coisa agora”, disse. “Mas ele está procurando um direito ao qual acredita lhe caber”, acrescentou.

O parlamentar, que antes de se filiar ao PDT teve passagem pelo PSC, afirmou, no entanto, não estar preocupado com a atitude de Caselli.

“Continuo confiando na Justiça. Ela está acima de qualquer suspeita. Acredito que ele não terá êxito, pois está buscando algo que a lei não lhe confere. Esse recurso não deve prosperar”, emendou.

Outros casos - Além de Siqueira, outros três vereadores de Santo André estão na mira da Justiça. Heleni de Paiva, atualmente no PDT, trava batalha contra o ex-partido, o PT. Itamar Fernandes (PSB) e Carlos Raposo (PV) brigam contra os suplentes Élcio Riva (PPS) e Yugi Gombata (PV), respectivamente.