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Casa queimada em Paranapiacaba será reconstruída
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
17/12/2005 | 08:05
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O prefeito de Santo André, João Avamileno (PT), afirmou sexta-feira que a Prefeitura reconstruirá em seis meses o casarão centenário de Paranapiacaba destruído por causa de um incêndio ocorrido no dia 10, na parte baixa da vila histórica.

A reconstrução seguirá a arquitetura original, de 1897, tem um custo estimado de R$ 100 mil e abrigará a Escola Municipal de Educação Infantil, atualmente localizada na parte alta.

Além da obra, o prefeito também prometeu reinvindicar junto ao Corpo de Bombeiros a instalação de uma base da corporação em Paranapiacaba. Atualmente, o setor mais próximo fica em Ribeirão Pires.

Outra promessa feita por Avamileno foi a montagem de um grupo de fiscalizadores do patrimônio histórico formado por moradores da região, que receberão treinamento por agentes da Subprefeitura de Paranapiacaba e de integrantes da Guarda Municipal. A forma e o começo do trabalho desse grupo ainda não foram definidos.

O prefeito anunciou as medidas após vistoriar as ruínas do casarão queimado, localizado na rua dos Engenheiros, e depois de se reunir com conselheiros do Fundo de Gestão do Patrimônio de Paranapiacaba e de técnicos do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo). A vila é tombada pelas instâncias municipal, estadual e federal.

O prefeito negou que tenha havido falha na fiscalização da administração municipal para evitar o incêndio. “Não houve falha. Isso nunca tinha acontecido na vila, não esperávamos. Muitas vezes é preciso acontecer uma coisa trágica para se tomar providências. Situação semelhante ocorreu nos Estados Unidos com o terrorismo. Após a destruição das torres gêmeas, o governo apertou o cerco contra os terroristas”, argumentou o prefeito.

O representante do fundo de gestão gostou das medidas anunciadas, após entregar um abaixo-assinado ao prefeito solicitando cuidados com a vila. “Vamos cobrar todas as promessas, pois não queremos que Paranapiacaba fique desprotegida”, disse o conselheiro Eduardo Pin.

Há suspeita de que o incêndio do dia 10 tenha sido criminoso, cometido pela família que havia sido despejada dias antes por falta de pagamento de aluguéis à Prefeitura. Essa família teria ido para o interior do Estado. O caso está sendo investigado pelo 6º DP de Santo André.




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