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Entidade realiza ação para estimular exportação
Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
07/09/2008 | 07:06
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Ação de fomento ao comércio exterior é uma das iniciativas da Agência de Desenvolvimento do Grande ABC para romper com a trajetória de queda nas exportações nacionais. Com seis meses de trabalho, o ABCex, Programa de Apoio à Exportação, pretende formar uma massa crítica que represente os interesses da região em todo o país.

Segundo dados divulgados pela instituição, o Grande ABC é responsável por 5% das exportações nacionais e cerca de 15% das estaduais. Essa presença no mercado gerou a necessidade de um alinhamento entre as empresas da região que atuam no comércio exterior. "O projeto ainda está começando, são apenas seis meses de trabalho. Devemos reunir todas as empresas para abrirmos um portal específico, com informações sobre o tema", conta Fausto Cestari Filho, secretário executivo da Agência de Desenvolvimento do Grande ABC.

Tanto as 16 grandes, quanto as outras 450 pequenas e medias empresas do Grande ABC têm sofrido com a redução progressiva nos resultados da Balança Comercial nacional. Seja pela estabilidade das commodities, pela inflação das matérias-primas ou pela queda na cotação do dólar, o consenso dos exportadores entende que esse momento deve ser passado com cautela por todos os setores. "As menores, por exemplo, não conseguem competir com o dólar mais fraco. As grandes têm diversidade de investimentos e produtos, conseguem se manter melhor na crise cambial", comenta.

ESTÍMULO FEDERAL - O governo calcula que todas as medidas anunciadas nos últimos dois anos para estimular as exportações totalizarão R$ 34 bilhões até 2010. A cifra consta de um apanhado das iniciativas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do PPA (Plano Plurianual), da nova política industrial e do orçamento da União relacionadas ao comércio exterior. Com o nome de Estratégia Brasileira de Exportação, daquele total, R$ 21 bilhões correspondem a medidas de acesso ao crédito por empresas exportadoras, sobretudo as de pequeno porte, de desburocratização e de melhoria da infra-estrutura portuária.

A estratégia traz uma espécie de regulamentação das metas de exportação enumeradas na PDP (Política de Desenvolvimento Produtivo). Até o final do mandato do presidente Lula, o governo pretende elevar a participação do Brasil no comércio mundial para 1,25% e aumentar em 10% o número de pequenas e médias empresas exportadoras. De acordo com o Manual Estatístico da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), publicado em 2008, a fatia do Brasil é hoje de 1,16%.

Segundo informações da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), os embarques brasileiros nos últimos 12 meses somaram US$ 189 bilhões, US$ 21 bilhões a menos que o objetivo para 2010. O documento também enumera medidas já divulgadas nas áreas de infra-estrutura, crédito e simplificação de comércio. (com agências)




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