Israel dispõe de meios militares para se defender do Irã, declarou nesta quarta-feira o porta-voz do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, depois da declaração do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, questionando o genocídio nazista contra os judeus.

"Graças a Deus, Israel possui meios para destruir o regime extremista do Irã. Não haverá uma segunda solução final", declarou Raanan Gissin, em alusão ao Shoah, o extermínio realizado pelo governo nazista de Adolf Hitler contra mais de seis milhões de judeus em toda a Europa durante a Segunda Guerra Mundial.

A declaração do porta-voz israelense foi emitida pouco depois de o ultraconservador Ajmadinejad denunciar o 'mito do massacre dos judeus' e propor a criação de um Estado israelense na Europa, nos Estados Unidos, Canadá ou mesmo no estado americano do Alasca, em um discurso transmitido diretamente pela televisão pública iraniana.

Atenção

Israel pediu ainda que a comunidade internacional "abra os olhos" em relação ao regime iraniano e seu programa nuclear, depois das novas declarações do presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, questionando o genocídio nazista contra os judeus.

"Nós esperamos que estas afirmações extremistas do presidente iraniano abram os olhos da comunidade internacional e dissipem todas as ilusões a respeito deste regime", declarou Mark Regev, porta-voz do ministério israelense das Relações Exteriores.

"Israel recorda novamente que o caso nuclear iraniano deve ser transmitido da Agência Internacional para a Energia Atômica ao Conselho de Segurança da ONU para que o mesmo imponha sanções ao Irã", acrescentou Regev.

Estas afirmações refletem, segundo ele, "o caráter perverso da visão de mundo e da realidade deste regime, além do perigo de que o Irã possa dispor no futuro de uma capacidade nuclear militar".