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Jogador local Do Diário do Grande ABC
Willian pode estar onde estiver – em algum país com a Seleção ou em Londres, na Inglaterra, com o Chelsea. Mas ele sempre terá um espaço em seu coração para Ribeirão Pires, onde nasceu e cresceu para o futebol, como revelou em entrevista ao Diário.
“Minha família toda é de Ribeirão e sempre que eu tinha um tempo livre eu gostava de ficar na casa dos meus avós, no bairro Barro Branco. Eu sempre estava com meus primos, jogando bola, empinando pipa, fazendo brincadeiras de criança. O sonho de um dia ser profissional eu tinha, mas ao mesmo tempo já sabia que era difícil chegar. Mas é claro que nem no meu melhor sonho imaginei ser profissional do Corinthians e chegar à Seleção”, comentou Willian, que deve anunciar em breve apoio a uma instituição social de sua cidade natal.
Os primeiros chutes foram no futsal do Ribeirão Pires Futebol Clube, quando tinha cinco anos. Como queria treinar também no campo, se inscreveu em uma escolinha em Santo André mantida pelo astro corintiano Marcelinho Carioca. E tudo começou a dar certo na vida do pequeno Willian.
“Depois de um tempo na escolinha do Marcelinho, fizemos um amistoso contra o Corinthians e eu fui bem. Nesse dia me chamaram para treinar no Timão. Foi aí que eu saí do Ribeirão Pires e da escolinha para jogar futsal e campo no Corinthians”, lembrou o jogador.
Já no profissional do Timão, Willian se destacou e passou por Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e Anzhi Makhachkala, da Rússia, antes de se transferir para o Chelsea, onde está até hoje e já levantou os troféus da Copa da Liga Inglesa e do Campeonato Inglês na temporada 2014/2015. Apesar do sucesso e das sondagens reportadas pela mídia europeia, ele garante que o foco é somente nos Blues.
“Quero conquistar mais títulos com o Chelsea. Estou muito feliz aqui, pois se trata de um dos maiores clubes do mundo e me sinto muito querido por todos. Meu foco está aqui”, disse.
Por isso, Willian não pensa no futuro. Com 27 anos, ele quer permanecer no Velho Continente, mas já sabe para qual clube dará prioridade se voltar a atuar no futebol brasileiro.
“Tenho bastante tempo de carreira ainda e quero lutar pelos meus objetivos. Se um dia aparecer a oportunidade de voltar ao Brasil quero conversar com o Corinthians por toda a história e carinho que tenho pelo clube”, finalizou.
Uma das memórias mais marcantes de Willian foi o 7 a 1 sofrido pela Seleção Brasileira na semifinal da Copa do Mundo de 2014. Apesar da goleada inesquecível, o meia acredita que é preciso superar o revés e apagar o vexame com vitórias.
“Esse jogo faz parte da história da Seleção e de todos que estiveram lá. É claro que foi um dos dias mais tristes da minha vida, talvez o mais triste da minha carreira. Mas sou um cara que procura olhar para a frente, tentar melhorar sempre. Não adianta ficar remoendo aquele resultado e ficar buscando explicações. Temos de trabalhar e buscar novos objetivos. Só poderemos aliviar a dor da derrota com novas vitórias”, destacou o jogador.
Willian ainda afirmou que vê o futebol sul-americano bastante nivelado, com o crescimento técnico de seleções que agora rivalizam com os principais times do continente.
“Não podemos negar que o futebol está cada vez mais nivelado em todo o mundo e na América do Sul estamos vendo isso. O Chile fez uma ótima Copa do Mundo e é o atual campeão da Copa América. Isso mostra a força da seleção deles. Mas não podemos nos esquecer de Colômbia e Uruguai, por exemplo, que também têm ótimas equipes. Estão todos mais ou menos no mesmo patamar”, avaliou ele, que vê diferença em relação ao futebol jogado do Brasil e na Europa.
“Os jogos aqui (Europa) são muito mais rápidos e pegados do que no Brasil. A genialidade do jogador brasileiro ainda existe sim e vai continuar existindo. Mas o futebol está mais físico do que nunca. É preciso ter organização tática”, explicou Willian.
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