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Alunos criam game que usa linguagem de sinais

Projeto foi desenvolvido como conclusão do curso de Jogos Digitais da Fatec de São Caetano

Por Natália Fernandjes
do Diário do Grande ABC
11/04/2016 | 07:07
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Denis Maciel/DGABC


A conversa entre duas pessoas surdas dentro de um ônibus público foi a motivação para grupo de alunos do curso de Jogos Digitais da Fatec (Faculdade de Tecnologia) de São Caetano criar game dedicado àqueles indivíduos que não conseguem escutar. O Libra oferece comunicação por meio da linguagem de sinais para os jogadores.

O projeto de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso)foi desenvolvido pelos alunos Ana Paula Uehara Marcus, Gabriel Moraes de Carlli, Marcos Antonio Silva e Murilo Romera de Albuquerque e orientado pelos professores Claudemir Martins da Silva, Érika Fernanda Caramello, Raquel Silva, Valteir Benedito Vaz e Willians Monteiro da Silva.

O jogo se passa em uma ilha inspirada em Fernando de Noronha (Pernambuco). Em cenário de natureza com direito a praia e árvores, duas irmãs guiam o jogador por entre o local, habitado por pessoas que se comunicam apenas por Libras (Linguagem Brasileira de Sinais). Para avançar e superar os desafios, os personagens precisam interagir com os nativos e habitantes de navios atracados. Tudo com efeitos sonoros e animação.

“Nossa ideia inicial foi incorporar lendas de Fernando de Noronha e enredos de jogos do tipo Uncharted e Tomb Raider, mas ainda vamos aprimorar esse contexto, que está um pouco difícil”, confessa o jovem Murilo Romera de Albuquerque, 20 anos. Uma das ideias é buscar patrocínios de instituições interessadas ou dividir o game em capítulos com o intuito de incorporar novas lendas.

Outra vontade dos estudantes é ampliar a disponibilidade do aplicativo para o sistema IOS, já que atualmente, apenas usuários de smartphones com sistema Android podem baixar. “Nós continuamos trabalhando nele para incorporar novos elementos e expandir. Até porque é um jogo educativo”, observa Marcos Antonio Silva, 19.

Para os criadores, faltam opções de aplicativos e diversão destinada à interação com a comunidade de surdos. “Nós percebemos o quanto esse público têm dificuldade de conversar com alguém que não conhece Libras. Nosso intuito é estimular esse conhecimento. Tivemos de aprender essa linguagem, que é extremamente difícil. Não tínhamos contato com nenhum surdo. Foi incrível”, destaca Murilo.

O aplicativo pode ser baixado gratuitamente na galeria de trabalhos dos alunos da Fatec São Caetano na internet (www.fatecsaocaetano.edu.br/tcc/jog). 




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