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Novas vítimas de corretora procuram o ‘Diário’
Por João Guimarães
Do Diário do Grande ABC
11/01/2008 | 07:02
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Diversas pessoas que afirmam ter sido lesadas pela corretora Século 21, na Vila Campestre, região do Baeta Neves, em São Bernardo, procuraram o Diário desde que foi publicada a reportagem sobre o golpe no seguro de veículos, no último sábado.

Procurado pela reportagem, o responsável pela corretora, Adolfo Alves Pereira, que não havia sido encontrado por ocasião da primeira reportagem, rebate algumas acusações e não explica outras.

A dona de casa Neide Schneider de Miranda, 66 anos, disse que ficou preocupada ao saber da história de uma vítima, o aposentado Joaquim Sonoda. “Quando perguntei qual é a corretora dele, vi que é a mesma que me atendia”, explica.

Neide pediu então ao marido, Antonio Reis de Miranda, 67 anos, que ligasse para a Marítima Seguros, onde deveria constar o seguro do Monza 96 dos dois. “Descobrimos que estava sem proteção desde abril, pois faltou uma das quatro prestações de R$ 330,82. Mas eu já havia pago isso para a corretora”, lamenta.

MORTE - A história de Sonoda, de 73 anos, é mais complicada. Ele só descobriu que estava sem o seguro de seu veículo após perder a mulher em um acidente de trânsito. Um microônibus bateu contra o seu carro, um Corolla 2003, em dezembro. “Ela faleceu cinco dias depois da batida”, conta.

A notícia de que não estava protegido veio quando precisou acionar a Marítima para cobrir os prejuízos. “Falaram que não havia sido pago, mas eu paguei R$ 1.884 à vista, com cheque nominal e cruzado”, afirma o aposentado.

A vistoria no carro de Sonoda foi feita em agosto do ano passado, mas a apólice nunca veio. “Eu já era cliente da Século 21 há 30 anos. Eu confiava neles, por isso não me preocupei”, diz Sonoda.

Pereira afirmou que está tudo “de acordo” em seu estabelecimento. “No caso do Antônio e da Neide, houve um atraso na última parcela, mas já foi acertado”, afirmou. “O Joaquim não é meu segurado há tempos. Eu tenho um documento que prova isso”, afirmou. Ele prometeu apresentar tal documento à reportagem nos próximos dias.

Neide, por sua vez, afirmou que, ao saber da dívida, pagou a última parcela diretamente à Marítima. “Ele é quem está me devendo o dinheiro da parcela que tivemos de pagar com juros. Vamos até a polícia fazer um boletim de ocorrência. Eu andava com o carro todo dia. E se tivesse acontecido algo?”

A Marítima Seguros afirmou que a Século 21 foi descredenciada em outubro, devido a descoberta da fraude. Pereira alega que o descredenciamento ocorreu porque a corretora não alcançou metas de vendas. Ele disse que dará outros esclarecimentos hoje, após levantar seus “arquivos”.




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