Designado pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), para coordenar a campanha do secretário de Serviços Urbanos e de Coordenação Governamental, Tarcisio Secoli (PT), na corrida pelo Paço, o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT) reforçou ontem que a vaga de vice da chapa será ocupada por nome de fora da política. A preferência é por pessoas ligadas ao ramo empresarial ou da Educação. A fala do deputado ocorreu ontem durante balanço de seu primeiro ano na Assembleia Legislativa.

Em agosto, o Diário revelou que Marinho buscava perfil sem vícios políticos. Na ocasião, foi apurada sondagem em torno do presidente da subsecção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do município, Luís Ricardo Davanzo. A empreitada não avançou.

“Um dos perfis é a lógica de se trabalhar um empresário da cidade. Há também simpatia por um educador. Na eleição passada, o formato pedia um artista. Esse estudo foi importante e trouxe êxito”, argumentou Luiz Fernando, citando o pleito de 2008, quando Marinho oficializou dobrada com o cantor Frank Aguiar (PRB), que recentemente havia ingressado na política.

De acordo com o deputado, a estratégia em torno de Tarcisio, que patina nas pesquisas de intenções de voto, é conseguir atrair eleitores distantes da política e de bairros mais nobres. “O PT é um partido popular. Em São Bernardo, há a região conhecida como o cinturão vermelho, nos arredores do Grande Alvarenga. Lá o partido chega e leva. Agora, o que precisa é melhorar a popularidade de lugares como Rudge Ramos. E uma figura como essa vai contribuir bastante”, complementou.

Mesmo confiante no tom estratégico, Luiz Fernando ponderou no embate eleitoral. O petista prega respeito aos projetos do deputado estadual Orlando Morando (PSDB) e do deputado federal Alex Manente (PPS). “Será muito difícil. Estaremos enfrentando pessoas com potencial e que sonham todos os dias em ser prefeito de São Bernardo. Por isso, o partido precisa construir unidade e eu vou trabalhar bastante para isso”, descreveu.

O parlamentar estadual sinalizou que, atrelada à composição, a estratégia será pregar o legado da sigla na cidade, refutando que a atual crise do PT irá afetar Tarcisio. “Será uma eleição por plebiscito. A população vai responder se quer continuar com um governo que transformou ou voltar a um passado que não deu certo, uma vez que os dois candidatos têm ligação direta com os ex-governantes.”