Política Titulo MAUÁ
Pressionado para ser rival do PT, Cachorrão estuda saída do PP

Vereador de Mauá defende que haja aliança com Donisete Braga

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
17/12/2015 | 07:00
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Pressão da cúpula estadual do PP fez com que o vereador de Mauá Adelto Cachorrão (PP) iniciasse articulação para deixar a sigla. A direção paulista do PP quer o partido como oposição ao prefeito Donisete Braga (PT), enquanto Cachorrão insiste em apoiar o petista na eleição do ano que vem, quando ele buscará a reeleição ao comando do Paço.

Na semana passada, o presidente estadual do PP, Guilherme Mussi, se reuniu com Cachorrão e expôs o planejamento: a legenda tem de se opor ao PT na maioria das cidades da Região Metropolitana e Mauá está inserida no projeto. Lembrou que o partido será rival dos petistas em Santo André, São Bernardo e Diadema.

Inicialmente, Cachorrão falou sobre sua relação com Donisete. Ele assumiu o mandato durante a legislatura, com a cassação de Ivann Gomes, o Batoré (PRB), e desde então firmou compromisso de ficar na base governista na Câmara. A aliança no Legislativo selou o apoio do parlamentar ao prefeito na eleição. Donisete já sabe da situação e se comprometeu a encontrar plano B a Cachorrão caso Guilherme Mussi mantenha pressão pela oposição ao PT.

“Não estou sabendo de nenhuma orientação do partido (para não selar alianças com o PT), até porque, em Guarulhos, o PP já fechou com o PT lá (podem concorrer ao posto de candidato petista o ex-prefeito Elói Pietá e o deputado Alencar Santana). Inclusive, já havia conversado com o presidente (estadual Mussi) e antecipado que aqui em Mauá somos da base governista e temos participação no governo”, disse Cachorrão, despistando sobre possível saída do PP.

Cachorrão tem até março para definir sua situação, mês em que há janela de transferência partidária sem possibilidade de perder a cadeira na Câmara.

E é a partir do ano que vem que Donisete vai desenhar as coligações para a eleição. No segundo semestre, ele intensificou diálogo com siglas aliadas, ampliou espaço no governo e costurou apoio para 2016. Uma das pautas é abertura da vaga de vice para representatne de fora do petismo, algo que tem causado turbulência no PT de Mauá. 




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