Diarinho Titulo Atitude nobre
Repartir para ganhar

Doar brinquedos e roupas traz felicidade para os que participam dessa corrente

Tauana Marin
do Diário do Grande ABC
13/12/2015 | 07:00
Compartilhar notícia
Marina Brandão/DGABC


Faltam menos de duas semanas para a chegada do Natal, celebrado no dia 25. A época pode ser uma boa oportunidade para fortalecer a ideia de doar. No fim do ano, muitas pessoas separam roupas e brinquedos em bom estado para oferecer a escolas, creches e várias outras instituições. Fazer uma doação é uma atitude nobre e que faz a diferença tanto para quem entrega quanto para quem recebe os presentes.

Não há idade para se mobilizar. Gabriel Antônio da Costa, de apenas 3 anos, da EMI Alice Pina Bernardes, de São Caetano, já separou três carrinhos para doar no Natal. “Moro com meu pai e brincamos à noite, quando ele chega do trabalho. Adoramos carrinhos, mas vou dar alguns”, disse consciente.

A amiga de escola, Gabriella Lopes Nogueira, 4, também ficou tão feliz em ajudar a presentear crianças como ela que pediu para a mãe comprar bonequinhas novas para passar adiante. “Eu adoro ganhar bonecas e as meninas irão ficar felizes”. Segundo a menina, mesmo quando não dá seus brinquedos embora, ela sabe que é preciso dividir sempre. “Na escola, a gente brinca junta e com as mesmas coisas. Ninguém chora e todo mundo fica feliz.”

Na casa da pequena Yan Luiz da Rocha, 4, além de separar roupas e brinquedos para instituições, ele já está acostumado em usar as roupas do irmão mais velho. “A sacola de brinquedos que trouxe para a escola tem carrinho de controle e avião. Não fico triste de dar as coisas que gosto. Já brinquei e agora outro vai se divertir.”

A pequena Ashima Pathak, 4, conta que não consegue se dividir entre todos os brinquedos que tem. Por isso, resolveu doar aqueles que pouco usa, como seu jacará de pelúcia. “É bem melhor do que deixar guardado.”

QUALIDADE - Os amigos Kaique Esteves Correia, 7, e Gustavo da Silva Dias, 8, alunos do Colégio Pentágono, de Santo André, não doam apenas o que não usam mais. Eles entregam para entidades brinquedos que gostam muito. “Todo mundo quer ganhar alguma coisa legal, bonita. Não podemos dar coisas quebradas e que são chatas”, explica Gustavo. “Além dos brinquedos, trago alimentos para a escola também. Gosto de ajudar”, diz Kaique.

Acostumada a praticar a boa ação, Yasmin Martins Pereira, 8, tem outros planos que vão além. “Este ano quis fazer algo a mais. Cortei meu cabelo e doei para lugares que fazem perucas às crianças que estão doente e perdem cabelo. Me senti muito bem.”

A escola andreense arrecada, além dos brinquedos e roupas (destinados a famílias de comunidades carentes), itens de higiene e curativos para um asilo da região. A entrega é feita pelos próprios alunos.

Doações incentivadas desde cedo viram costume

Virou tradição. Não há fim de ano sem doações. Giovanna Guillardi, 13 anos, já reservou roupas para doar. “Teve um ano que fui com minha mãe a uma creche e foi muito legal. É bom ver a felicidade no rosto de quem recebe”, conta ela, que neste ano já levou algumas coisas para a escola de inglês que frequenta, a Countdown Idiomas, de Santo André. “Sempre que pedem doações para instituições faço questão de participar. Trouxe roupas minhas, como algumas blusinhas.”

Os gêmeos Camila e Guilherme Pelissari, 15, também estão participando da campanha da escola de idiomas. “Desde quando era pequena sempre separei as coisas boas que não usava mais para doar. É um costume. Para quem dá a sensação é legal, mas, para quem recebe, é muito mais importante. Trocar as coisas, principalmente roupas, entre os integrantes da família também faz parte”, comenta Camila.

Seu irmão afirma que a relação com as coisas é bem simples e que não há problema algum em passar o que tem de bom para frente. “Me desapego fácil das coisas. Não tenho sentimentos por roupas ou games, por exemplo. Sempre que posso acabo doando e participo dessas ações”, diz. “Minha mãe e minha avó sempre incentivaram a gente a participar de campanhas. Com o tempo, se torna algo natural.”

CURIOSIDADES: Muitas instituições necessitam de alimentos, móveis, medicamentos e tecidos. É sempre bom visitar o local;

Em 2014, o bilionário Ralph Wilson Jr. doou US$ 1 bilhão para a caridade em seu país, os Estados Unidos;

EXEMPLO NOS DESENHOS. Na animação ‘Toy Story 3’ (2010), Andy está mais velho e doa parte de seus brinquedos para a creche Sunnyside. Woody, Buzz Lightyear e o resto da turma acabam ficando com a pequena Boonie.  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;