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Santo André busca vitória contra velho conhecido
Por Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
22/01/2011 | 07:10
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O Santo André reencontra hoje, às 19h, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, um adversário que não traz boas recordações, se levado em conta o passado recente: o Bragantino.

Nas duas últimas vezes em que se enfrentaram, o time do Interior levou a melhor, em vitórias por 3 a 1, colaborando e muito para o rebaixamento andreense à Série C do Campeonato Brasileiro. Desta forma, além de buscar o primeiro triunfo no Paulistão, o Ramalhão quer vingança contra o velho conhecido.

"Não tenho boas recordações. Tivemos bons momentos no último jogo contra eles, mas a vitória não veio", destacou o meia Aloisio que, por outro lado, revelou saber bastante sobre o adversário. "A gente já conhece o time deles. Mudou muito pouco da Série B para cá. Deve entrar em campo hoje com praticamente o mesmo time", emendou o jogador.

Outro que sabe o que terá pela frente é o técnico Pintado. "É equipe que conheço bem, da minha cidade, então não dá para ser surpreendido", afirmou o treinador, que é nascido e reside em Bragança Paulista.

Com tanta informação, o Santo André adaptou o estilo de jogo para a partida. O técnico Pintado optou pelo esquema 4-3-1-2, com três volantes (Alex Silva, Pedro e Mika). Dessa forma, Allan perde lugar no time. Único meia, Aloisio nega que fique sobrecarregado. "Não vejo dessa forma. Temos de jogar mesmo nesse esquema e sair com rapidez, porque o campo é rápido, pequeno e a bola corre muito. O jeito é se movimentar bastante."

O que ninguém espera no Santo André é, como nos dois primeiros jogos do Paulistão (contra Noroeste e Linense), ter de buscar o placar. "Correr atrás é sempre ruim. O melhor é sair em vantagem, porque desgasta menos", disse Aloisio. O técnico Pintado, por sua vez, espera que o time siga demonstrando raça, disposição e vontade em campo. "Espero que o grupo mantenha a intensidade, porque está mais perto da primeira vitória do que de um resultado ruim. Empenho e comprometimento não podem faltar ao nosso time", concluiu.

 

Dicas de Ramalho ajudam Iran a crescer

 

A família é, geralmente, o porto seguro de cada pessoa. Pais protegem filhos, avós mimam os netos e irmãos, que na infância cansam de trocar farpas e brigar, crescem e viram conselheiros. Este é o caso do lateral-direito Iran, do Santo André. Irmão mais novo do volante Ramalho, que foi revelado no Ramalhão, conquistou a Copa do Brasil de 2004 como titular e atualmente está no Atlético-GO, o jovem de 21 anos tem em casa muito mais do que espelho ou exemplo, mas um técnico particular.

"É bom ter alguém com tanta experiência, rodado, dentro de casa. Ele assistiu ao jogo contra o Linense (Iran foi titular e acabou substituído no segundo tempo) e deu dicas para mim, como passar mais ao ataque, cruzar mais. Sou novo e escutar os mais velhos é sempre bom. Conselho de irmão, então, é melhor ainda, ajuda bastante", disse o lateral.

Saboreando os primeiros minutos como dono do lado direito andreense - o que deve ser mantido no jogo de hoje -, Iran mostra que, apesar da idade, tem maturidade suficiente para apontar os erros cometidos pelo time diante do Linense que não podem se repetir nesta noite, contra o Bragantino.

"Cada jogo é uma lição. Neste último, tivemos erros bestas e não podemos errar mais. Neste jogo, temos de defender bem e concluir mais em gol. Precisamos nos preocupar em não tomar gols. O Bragantino tem excelente equipe que vai querer atacar de qualquer forma", explicou.

Com os indícios de Pintado em mudar o esquema da equipe para o 4-3-1-2, com três volantes, Iran admite que deve ter mais facilidade para chegar à frente, fato que o agrada. "Minha característica é essa. Estou acostumado a jogar no 3-5-2, mas com três volantes dá mais liberdade aos laterais. A gente vem de dois empates, então a responsabilidade é grande, mas gostosa".

Revelação da base andreense, Iran nunca teve oportunidades no profissional. Antes, passou pelos parceiros Palestra, Poços de Caldas e Patrocinense, todos sob o comando de Sandro Gaúcho, atual assistente técnico de Pintado.

Promotoria pede obras no Brunão

 

O secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura, Niljanil Bueno Brasil, esteve ontem no Estádio Bruno Daniel. Enquanto esperava o helicóptero que o levaria a um sobrevoo pelas áreas de risco no município - o pouso da aeronave chegou a paralisar o treino - aproveitou para observar o Brunão, onde revelou que a Promotoria da Justiça do Consumidor sugere que obras sejam realizadas na marquise sobre as cadeiras cobertas para liberar o local.

O promotor pede para que se faça a reforma para a contenção da laje. A Prefeitura não está medindo esforços para resolver a situação", resumiu Brasil.

O secretário disse ainda que uma das prioridades é ao menos receber aval para utilização da arquibancada descoberta, com capacidade para 9.860 pessoas. "Não tem sentido (a decisão). Se aquela parte (cadeiras cobertas) está comprometida, então que se libere a outra (arquibancada)."

Pintado prepara bateria antiaérea

 

Os 20 minutos finais do treino de ontem pela manhã, no Bruno Daniel, foram trabalhados especificamente em cima da principal e mais perigosa jogada do Bragantino: as bolas alçadas na área. Ao invés do tradicional rachão da véspera das partidas, Pintado fez a atividade em campo reduzido, e os jogadores tinham obrigação de buscar o gol através de levantamentos e cruzamentos.

"Não gosto (de rachão). Existe o momento da descontração e não estamos nele ainda. Temos pouco tempo para treinos e quero aproveitar esse pouco para trabalhar. Isso que fizemos no fim do treino foi em cima do que vamos receber dentro do jogo, para estarmos preparados", afirmou o treinador.

As referências no ataque da equipe de Bragança Paulista são Fabrício Carvalho (1,91 m) e Finazzi (1,90 m), curiosamente dois ex-jogadores do São Caetano. Para combater toda essa altura, além de todo o trabalho de campo com os zagueiros Altair Silva (1,80 m) e Sandoval (1,86 m), o treinador passou diversas orientações sobre posicionamento, uma vez que sofreu contra o Linense justamente um gol de cabeça.

"A equipe deles é alta, então não podemos ficar atrás esperando. Se isso acontecer vamos atraí-los para nossa área", explicou o treinador. "Temos homens rápidos na frente como o Rychely e o Borebi e quero explorar a velocidade na saída ao ataque", emendou.

Com relação ao time dos dois primeiros jogos, que praticamente foi mantido de forma integral (apenas Pedro e Borebi deram lugar a Iran e Nunes), Pintado mais uma vez deve optar pela mesma base. "Não quero equipe diferente, mas sim com a mesma disposição, ideia em insistir no ataque, porque o time vem melhorando. O que tem de mudar são os erros, que têm de ser corrigidos. Espero que a gente acerte", encerrou.

 

 




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