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Grupo acusa Picarelli de utilizar a OAB para ‘trampolim eleitoral’

Oposição alega que presidente tem adotado posturas com viés político

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
29/08/2015 | 07:00
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Montagem/DGABC


Grupo de advogados acusa o presidente da subsecção da OAB de Santo André, Fábio Picarelli, de usar a entidade como trampolim eleitoral e deixar de lado interesses da classe por projetos pessoais, em especial neste ano, último de seu segundo mandato. As críticas são disparadas ao dirigente por suposto viés político na condução dos trabalhos por planejar entrar na disputa sucessória no município – a concorrência pelo comando da ordem acontecerá na segunda quinzena de novembro. Ele é cotado para encabeçar candidatura ao Paço pelo DEM no pleito do ano que vem.

Liderando movimento de oposição, o advogado Ricardo Cunha afirmou que “há sentimento de insatisfação” com Picarelli devido ao seu atual posicionamento de partidarizar a entidade. Segundo ele, a OAB tem “servido no momento somente para trampolim eleitoral”. “O Observatório da Cidadania (comissão interna), criado por ele, só fiscaliza o que é de seu interesse político. O bloco tenta dificultar a vida de quem é adversário político e alivia a possíveis aliados”, disse, ao referir-se ao caso de a entidade não adotar postura sobre o episódio das emendas parlamentares do vereador Toninho de Jesus (DEM), que favorecia associação ligada a seu gabinete.

Carlos Bianchin, advogado de Direito Previdenciário, considerou que o órgão hoje é parcial ao reiterar que os pedidos da direção contam com “motivação política”. “Quando se trata de possíveis pares não há movimento”. Para o colega de profissão, é fácil ser percebido movimento político com utilização da entidade pelas redes sociais. “Na eleição de 2014, o presidente fez campanha (a nomes do DEM e do PSDB) praticamente em frente à OAB.”

O advogado Carlos Eduardo Fava argumentou que é “nítida mudança de postura”. Ele citou que, atualmente, grande parte da classe se afastou da entidade. “O descontentamento é geral. Existe motivação por espaço político.”

Picarelli defendeu que está no sexto ano de atuação e cumpriu 95% das propostas de campanha. “Respeito opiniões divergentes, mas o que vou fazer após o término do mandato não vai influenciar na ordem. Não afeta a entidade. Eu poderia, inclusive, tentar o terceiro mandato. Não vou pleitear. Saio de cabeça erguida.”




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