O G-9, grupo de vereadores independentes de São Bernardo, deve formalizar nos próximos dias ruptura de parte de integrantes três meses depois de sua criação.

A crise se instaurou na semana passada, após a confirmação de Hitoshi Hyodo (PTB) como novo secretário de Desenvolvimento Econômico do governo do prefeito Luiz Marinho (PT).

A nomeação foi apontada como traição por parte da ala, uma vez que teria ferido acordo interno que constava rejeição a assumir cargos ou indicar pessoas para a administração petista.

Hitoshi é aliado próximo de Mauro Miaguti (DEM), que, segundo parte de componentes da ala, teria participado da indicação. Miaguti negou envolvimento.

O mais exaltado com a situação é Ramon Ramos (PDT), que vem se recusando a falar sobre futuro do grupo e dialogar com parte integrante do bloco.

Na quinta-feira, durante a posse de Hitoshi, Miaguti e Ramon se encontraram e conversaram rapidamente. A expectativa é a de que uma conciliação fosse encaminhada.

Sobre o imbróglio, Miaguti promete empenho em reaproximar o grupo. O democrata falou em “mal entendido” sobre toda a nomeação de Hitoshi.

“Tudo foi um equívoco. Vinha abordando esse assunto dentro do grupo, uma vez que já tinha sido convidado por Marinho, que vinha manifestando interesse em colocar representante do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de Estado) na administração”, justificou Miaguti, citando o fato de Hitoshi ocupar cargo de diretor-titular do Ciesp.

Para o democrata, o fim do bloco representará perda do fortalecimento político para todos os vereadores. “Conseguimos com a instituição do grupo impor respeito perante o governo, com as bancadas na Câmara. Se isso acabar agora, será muito ruim”, comentou.

No mês passado, o bloco chegou a anunciar que cogitava plano de lançar candidatura ao Paço na eleição do ano que vem.

Os parlamentares apostavam em recall eleitoral, do pleito de 2012, para fazer frente no cenário eleitoral. Os nomes destacados foram do vereador Rafael Demarchi (PSD), como líder de chapa, e de Miaguti, como vice.