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Fantasia do príncipe traz à tona histórias entre realeza e nazismo
Da AFP
14/01/2005 | 19:54
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O uniforme nazista, que o príncipe Harry vestiu em uma festa à fantasia, causou escândalo na Grã-Bretanha e colocou para fora do baú fantasmas que família real teria preferido esquecer, principalmente a poucos dias da rainha Elizabeth comandar eventos nacionais em memória ao Holocausto e receber sobreviventes dos campos de extermínio.

O episódio também colocou em dificuldades o filho mais novo da rainha, o príncipe Edward, que vai representá-la na cerimônia prevista para 27 de janeiro na Polônia, dos 60 anos de libertação dos prisioneiros de Auschwitz. A região foi um dos principais palcos das maiores atrocidades cometidas pelo Exército de Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Cerca de um milhão de judeus morreram queimados no forno crematório do campo de extermínio ou foram mandados às suas câmaras de gás disfarçadas, assim como milhares de pessoas que os nazistas consideravam que mereciam a morte: homossexuais, idosos, ciganos e deficientes físicos.

Entre os fantasmas que pairam sobre a família real britânica e que voltam à tona com este incidente está o tio-avô do príncipe Harry, o ex-rei Edward VIII, que foi partidário de Hitler. Fascinado pelo nazismo, Edward foi coroado em janeiro de 1936 e teria abdicado em dezembro do mesmo ano, pelo amor de uma mulher, a divorciada multimilionária americana, Wallis Simpson.

Edward foi fotografado com Wallis Simpson apertando a mão de Hitler, diante do qual teria feito a saudação nazista. A versão alemã do ‘Financial Times’ fez uma comparação, nesta sexta-feira, entre o príncipe Harry e seu parente nazista. "Até o momento, Edward VIII parecia ser o mais tolo da família", escreveu o jornal. Além do tio-avô, outro membro da família real, o barão Gunther Von Reibnitzel, pai de uma prima de Harry, era membro do partido nazista.




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