O escancarado rompimento do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), com sua vice Silvana Guarnieri (PTB) abriu disputa silenciosa entre os partidos aliados, que tentam conquistar o posto de número dois na disputa da eleição de 2016. Em dezembro, Lauro anunciou que a vaga de Silvana estava aberta para o próximo pleito e menos de um mês depois foi surpreendido pelo presidente do PTB paulista, o deputado estadual Campos Machado, de que a aliança estava desfeita, alegando “humilhação” por parte do verde à sua correligionária.

Publicamente, as siglas aliadas negam trabalhar pela conquista do espaço na chapa majoritária, mas nos bastidores fortalecem lobby com Lauro na busca pela vaga.

Favorito, o PSDB tem evitado o debate internamente. O presidente da legenda e chefe da Câmara, José Dourado, admitiu pretensão pelo cargo, porém frisou que pode lançar candidatura para auxiliar projeto de reeleição de Lauro. Mesmo tendo anunciado pré-candidatura e se portando como independente, o PSB é visto com bons olhos pelo alto escalão do prefeito. O nome que mais agrada é o do vereador Vaguinho do Conselho, que hoje encabeça projeto incipiente de voo solo dos socialistas.

Segunda maior bancada no Legislativo, o PR tem desejo pelo espaço, no entanto, viu suas chances minarem após o verde afirmar a pessoas próximas ingerência por parte do presidente municipal da sigla, José Carlos Gonçalves, que também comanda a Secretaria de Transportes. O dirigente balança no cargo e pode ser exonerado.

Menor no arco de alianças, o PRB deve sair como grande beneficiado. Com dois vereadores (Ricardo Yoshio e Pastor João Gomes), a sigla agrada Lauro, que já manifestou predileção por Yoshio para ser o seu vice. O prestígio cresceu nos últimos meses, tanto que foi contemplada com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que passou a ser chefiada em dezembro por Jorge Bialli, ligado diretamente aos republicanos.