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Queda no preço do arroz e feijão puxa cesta básica
Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
03/09/2010 | 07:06
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Pela segunda semana consecutiva, o custo do carrinho de compras no Grande ABC ficou mais leve. O preço dos principais itens consumidos pelo brasileiro caiu 0,23%, puxada para baixo pela tradicional dupla arroz e feijão, segundo levantamento semanal da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

O pacote de cinco quilos do cereal custa agora, em média, R$ 6,85 - uma queda de 3,52% em comparação com a semana passada. Já o feijão é encontrado nas prateleiras dos mercados a R$ 2,67, em média - o que representa uma queda no valor de 4,30%.

Esse último item vinha sendo o grande vilão na hora das compras - chegou a custar R$ 5 o quilo. Porém, há duas semanas tem apresentado redução seguida nos preços. No início do ano, o excesso de chuva prejudicou a colheita. Agora, com a regularidade do clima, as safras estão melhores e a quantidade do produto é maior do que a demanda. "É a lei da oferta e da procura", explica o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá Benedetto.

O valor da cesta básica, nesta semana, ficou R$ 0,76 mais barata - passando de R$ 333,92 para R$ 333,16.

Dos 34 itens pesquisados, 16 registraram alta nos preços; 17 tiveram queda e um não apresentou alteração.

O quilo da carne bovina (tanto de primeira como de segunda) e do frango registrou queda no preço. O valor da ave é de R$ 3,18.

Os cortes traseiros tiveram queda de 5,48% (R$ 13,29) e os dianteiros, de 2,74% (R$ 9,23). A explicação fica por conta do início da primavera, já que nos dias secos e frios do inverno o item apresenta alta no preço. Isso porque o pasto fica prejudicado e a alimentação do gado passou a ser, quase que exclusivamente, de ração. Isso gera custo adicional para o produtor, que repassa ao preço final do produto, chegando aos bolsos dos consumidores do Grande ABC. "Chamamos esse período de safra das carnes, por ser sazonal", enfatiza o agrônomo.

Os hortifutis (frutas, verduras e legumes) tiveram queda de 1,06% - que inclue cebola, laranja e banana (veja na tabela acima). Na contramão, o quilo do pãozinho subiu 7,13%, passando para R$ 5,56, em média. O reajuste está diretamente ligado à alta do trigo - o que também influenciou no preço da farinha. "O trigo é cotado internacionalmente, e está em falta", adverte Benedetto.




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