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Doação de sangue cai no feriado

Bancos de sangue que funcionam no Grande ABC pedem ajuda para manter os estoques em dia; aproximação das festas de fim de ano preocupa

Por Daniel Tossato
Especial para o Diário
21/11/2014 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Todos sabem da importância de doar sangue, e que o simples gesto pode salvar vidas. Em alguns tipos de emergências, as doações são essenciais para devolver a saúde das vítimas. Mesmo assim, quando há feriados prolongados os doadores de sangue deixam de comparecer aos postos de coleta, o que contribui para que os estoques do fluído diminuam. Postos da região estavam vazios ontem.

Para o patologista clínico e gerente médico da Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue) Teobaldo de Carvalho, apesar de os feriados dificultarem a presença de doadores nos laboratórios, isso é considerado normal e esperado. “Geralmente a pessoa prefere descansar, prioriza viagens, lazer e diversão. Por isso o estoque sanguíneo pode ter uma redução.” Carvalho destaca que é importante realizar a doação antes da chegada dos dias de descanso, especialmente com a aproximação das festas de fim de ano, geralmente acompanhadas de viagens prolongadas.

É bom lembrar que os postos de coleta não costumam fazer distinção entre os tipos de sangue. Quanto maior o estoque, maior a possibilidade de que tratamentos que necessitam do fluído obtenham sucesso. “Há, na verdade, um tipo de sangue que recebe atenção especial da nossa parte, mas porque pode ser transferido para qualquer pessoa, independentemente do tipo sanguíneo. Geralmente em urgências utilizamos o sangue ‘O’ negativo para este fim. Quem tem esse tipo de sangue é chamado de doador universal”, explica o médico.

SOLIDARIEDADE

O webdesigner Hernani Tralli, 32 anos, não tem sangue ‘O’ negativo. Seu tipo sanguíneo é o ‘A’ positivo, um dos mais comuns de se encontrar. Apesar disso, sempre que pode, ele comparece a postos de coleta, o que garante fazer no mínimo duas vezes por ano. “Doar sangue, além de ajudar muita gente, é saudável. Renova os glóbulos e as plaquetas e faz a gente se sentir bem conosco e com o próximo”, destaca Tralli

O webdesigner transformou a solidariedade em hábito há cerca de dois anos, quando ficou sabendo de um colega de trabalho que precisava do fluido. “Me prontifiquei a auxiliar na hora. Foi bom tê-lo ajudado e poder fazer parte de sua recuperação”. Por ter percebido que pode beneficiar mais pessoas, mesmo aquelas que jamais virá a conhecer, Tralli começou, então, a doar sempre que consegue. “Sei de pessoas que fazem isso quatro vezes por ano. Não sei se alcançaria esse número.”

REQUISITOS

Para que uma pessoa possa doar, é necessário cumprir alguns parâmetros, tais como: ter entre 16 e 69 anos, pesar pelo menos 50 quilos, gozar de boa saúde e ter hábitos saudáveis, além de evitar fazer atividades antes da doação e ingerir alimentos leves para não passar mal.

Para aqueles que têm tatuagens e piercings, é aconselhável que aguarde um ano para fazer qualquer tipo de doação.

E para quem contraiu hepatite com mais de 10 anos, a doação é suspensa em definitivo. 




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