Política Titulo Diadema
Lauro diz que PT atrapalhou apoio a Dilma

Verde é o único prefeito da região a votar no PSDB; ele culpa ‘inverdades’ faladas por petistas

Júnior Carvalho Especial para o Diário
16/10/2014 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Único prefeito do Grande ABC a apoiar a candidatura do presidenciável Aécio Neves (PSDB), Lauro Michels (PV), de Diadema, culpou os próprios petistas por não aderir ao projeto de reeleição da atual chefe da Nação. O verde afirmou ter mudado de lado depois de ter visto panfletos, supostamente confeccionados a pedido dos adversários, criticando sua gestão.

No primeiro turno, Lauro anunciou que apoiaria o presidenciável do seu partido, Eduardo Jorge (PV), mas não descartava subir em palanques de Dilma na cidade. “Eu apoiei o Eduardo, mas tinha simpatia pela Dilma. Porém, a baixaria em Diadema foi grande. Fizeram panfletagem e muitas inverdades. Isso prejudicou o apoio a Dilma”, justificou.

Responsável por quebrar três décadas de gestões oriundas do petismo em Diadema, no pleito de 2012, Lauro já marcou presença em pelo menos duas atividades pró-Aécio: no ato promovido por lideranças da região, realizado na terça-feira em São Bernardo, e ontem, em agenda do presidenciável tucano, na Zona Norte da Capital. O chefe do Executivo diademense também tem orientado secretários e vereadores de partidos coligados a Dilma a compor a campanha do tucano, como os parlamentares do PR, Talabi Fahel e Luiz Paulo Salgado. Presidente da legenda na cidade e chefe da Pasta de Transportes, José Carlos Gonçalves também aderiu à candidatura do ex-governador mineiro.

Primeira Prefeitura conquistada pelo PT, em 1982, Diadema deu vitória a Dilma no dia 5 (41,18% dos votos válidos). Marina Silva (PSB) ficou em segundo lugar (27,52%), seguida por Aécio (25,51%). “Diadema tem 30% de (eleitorado) petistas. Isso é fato. O PT ainda tem representatividade muito forte. São 35% (dos eleitores) que votam no PT, mesmo se for um poste ou um cachorro”, discorreu o prefeito.

Lauro ingressou na política no PSDB, sigla pela qual foi eleito vereador por duas vezes (2005 a 2008 e 2009 a 2012). O ex-tucano deixou o partido em 2011 a fim de abrigar sua candidatura a prefeito. Apesar de já ter garantido que “PSDB é passado”, lideranças tucanas na região contam com o retorno do ex-correligionário ao partido para garantir a legenda no pleito de 2016, quando Lauro deverá disputar a reeleição. 




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