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Em perfil, Atila sugere que cassação foi golpe

Em perfil de sua conta nas redes sociais, o prefeito cassado de Mauá Atila Jacomussi (PSB) sugeriu que o processo de impeachment

Por Fabio Martins
23/04/2019 | 07:52
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Em perfil de sua conta nas redes sociais, o prefeito cassado de Mauá Atila Jacomussi (PSB) sugeriu que o processo de impeachment se deu por meio de golpe. Na postagem gerida por auxiliares, o socialista, que tem evitado dar entrevistas, afirma: “Mauá acredita em você (Atila) e na força do povo”, incluindo a hashtag: ‘Diga não ao golpe’, sem detalhar a avaliação, se considera golpe do grupo da família Damo, que assumiu o poder novamente – o ex-prefeito Leonel rechaçou essa pecha em entrevista ao Diário, dizendo que o clã não moveu uma palha para essa situação –, ou golpe parlamentar. Cabe frisar que a maioria dos vereadores é investigada no âmbito da Operação Trato Feito, da PF (Polícia Federal), sob acusação de suposto recebimento de Mensalinho em troca de apoio político na Câmara. Atila ainda não falou abertamente após a votação na Câmara que culminou com sua queda, mas ele tem dado recados a ex-aliados, que, teoricamente, não mantiveram a palavra de derrubar a tramitação do caso. A defesa do socialista informou, no entanto, que irá entrar com recurso na Justiça para anular a decisão do Legislativo.

Aprofundada
Fato é que a manutenção da cassação de Atila Jacomussi (PSB) aprofunda a crise política em Mauá, já desgastada com a instabilidade econômico-financeira. Tem grupos políticos que se afastaram da cidade diante do cenário tumultuado, mas, por outro lado, outros veem oportunidade para colocar as peças no tabuleiro. Um deles é o do atual presidente da Câmara, Vanderlei Cavalcante da Silva, o Neycar (SD). Há quem diga que ele pretende se colocar na disputa majoritária. O Diário publicou no começo do ano entrevista em que Neycar considerou que o impeachment “acalmaria” a situação política do município.

Em outra parte
Em situação distinta, o ex-prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi era cogitado a entrar na corrida pelo Paço de Mauá, assim como fez na eleição municipal de 2016 – ficou na terceira posição, com 20,23% dos votos, então pelo PSDB – e que foi vereador. Mas, a interlocutores, Volpi tem indicado participar do pleito na cidade e onde geriu por dois mandatos (entre 2005 e 2012). Aliás, ele vem preparando materiais nas redes sociais, se engajando na internet. Há expectativa de, nos próximos dias, fazer ato de filiação no PR. Seu filho Guto Volpi já está nos quadros da legenda, inclusive, compondo a executiva municipal.

Encontro do PSL
Continuando em Mauá, a atual prefeita Alaíde Damo (MDB), após palavras de afago ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), deve se reunir hoje com o deputado estadual Coronel Nishikawa (PSL), com base principal em São Bernardo. Será o primeiro ato oficial da emedebista, que marcou agenda com o parlamentar, no gabinete de Nishikawa, na Assembleia Legislativa. Na ocasião, ela conversará sobre possível auxílio do mandato na casa para Mauá, bem como cogita anunciar o retorno de Paulo Barthazar para o primeiro escalão do Paço. Mauá ficou sem representação no Parlamento paulista.

Circulando folhetos
Foram colados folhetos em equipamentos municipais de Mauá com os dizeres ‘Tchau, querido’, escritos a caneta, em alusão à decisão de cassação do então prefeito Atila Jacomussi e que faz referência à destituição da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016. Não se sabe quem foram os autores da iniciativa, até porque tem muitos grupos políticos de oposição na cidade soltando fogos com a saída do socialista, que, depois de duas prisões nos âmbitos da Prato Feito e Trato Feito, caiu por vacância do cargo. A alegação é que ficou fora do posto período superior ao estabelecido em lei sem autorização legislativa. Neste ínterim, ele ficou preso em Tremembé. 




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