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Auricchio deixa PV fora do governo
Por Sérgio Vieira
Do Diário do Grande ABC
11/02/2006 | 07:54
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Pelo menos uma das mudanças do primeiro escalão de São Caetano chamou a atenção no meio político: a escolha de Jayme Tavares para o comando do Meio Ambiente. O que se corria nos bastidores é que a Pasta já era considerada cota do PV e que seria ocupada por Horácio Pires. Mesmo demonstrando alguma frustração, Pires não revela mágoa pelo fato de ter sido preterido pelo prefeito José Auricchio Júnior (PTB) na minirreforma do secretariado, que também atingiu o segundo escalão. "É evidente que gostaria que fosse eu, mas estou contente por quem foi escolhido", diz Pires, que foi candidato a prefeito em 2004, ficando em quinto lugar, com 1.162 votos.

Pires não descarta a possibilidade de não ter sido escolhido para o cargo por já ter anunciado sua intenção de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. "Pode ter influenciado, mas não sei ao certo. Pergunte ao prefeito".

Mesmo assim, Pires continua como assessor do Meio Ambiente da Prefeitura, cargo que exerce há nove meses. Nesse período, preparou o terreno para a regulamentação da secretaria, criada no final de 2004. "Fiz um levantamento de muitas coisas. A Pasta foi entregue ao prefeito Auricchio com todas as leis. Fizemos o organograma, planejamento de leis ambientais. Estou contente por ter feito esse trabalho", analisa.

"Eu trabalho por uma causa grande e meu compromisso é com o coletivo. Estou satisfeito porque São Caetano deu um palanque ao meio ambiente, o que nunca ocorreu no município".

Corregedoria – O prefeito também realizou troca de cadeiras no comando da Corregedoria Municipal, Comad e Coordenadoria de Licitações. Todas essas trocas são consideradas técnicas.

Sérgio Pardal, que até então era corregedor do município, assumiu o comando do Comad (Conselho Municipal Antidrogas). O órgão passou a funcionar no prédio do Caps (Centro de Atenção Psicossocial), no Centro, inaugurado por Auricchio no dia 31 de janeiro.

Entre os últimos trabalhos feitos por Pardal na Corregedoria está a sindicância que apurou o envolvimento de funcionários do Pronto-Socorro Municipal na "Máfia do Óbito". No ano passado, o Diário comprou um atestado de óbito por R$ 200, assinado pelo cardiologista Eduardo Agostini e com intermediação do gerente da funerária São Paulo, Pedro Azevedo Gazani e conivência do dono da empresa, Maurílio Teixeira Martins. Apesar de o documento em branco ter sido retirado no PS pelo gerente da funerária, o relatório final da Prefeitura não apontou culpados na administração.

Na vaga deixada por Pardal assumiu Dionizio Lozano Rúbio, que era coordenador de Licitações, ligado ao gabinete. Esse cargo ficou com Paulo Lima, que já trabalhou no administração pública, durante a gestão do ex-prefeito José Antônio Dall'Anese (de 1993 a 1996).




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