A nova paisagem européia se articulará a partir de agora em torno de dois grandes grupos, o britânico BAe Marconi (US$ 19,260 bilhoes de faturamento) e o franco-alemao EADS (Sociedade Européia de Aeronáutica, Espaço e Defesa, com cerca de US$ 21,5 bilhoes).
O restante das indústrias européias do setor se juntará a um e outro desses pesos pesados: a espanhola CASa se juntará à EADS, enquanto a sueca Saab e a italiana Alênia estao mais na órbita da BAe.
Embora o objetivo declarado das duas partes seja a criaçao a longo prazo de um único grupo de aeronáutica e de defesa na Europa, uma aliança ``por cima' entre BAe Marconi e EAdS parece pouco provável em um futuro próximo, estimam fontes industriais e políticas.
Os dois grupos se formaram seguindo óticas diferentes: BAe Marconi, puramente britânico, reúne aeronáutica e eletrônica de defesa, enquanto EADS, que será trinacional, se concentrará em aeronáutica e espaço.
Na Europa, a França deseja conservar, por questao de concorrência, dois pólos de aeronáutica e eletrônica de defesa. A Dasa póderá, nesse sentido, ceder sua eletrônica à francesa Thomson-CSF.
Mas as pontes se multiplicarao, apesar de tudo, entre BAe Marconi EADS e Thomson CSF, através de filiais comuns por setores, que juntarao a aeronáutica européia ``por baixo' paralelamente às fusoes capitalistas em curso.
Em menos de 48 horas de intervalo, nasceram esta semana dois grandes pólos no setor de satélites e mísseis, o que clareia consideravelmente a paisagem européia, em que só permanecem dois atores principais nos satélites e um só nos mísseis.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.