Cerca de mil trabalhadores da Termomecânica, de São Bernardo, paralisaram sexta-feira suas atividades por duas horas, no quinto dia da série de paradas organizadas em razão da manutenção do impasse nas negociações da campanha salarial no Grupo 9 – máquinas, eletroeletrônicos e metalurgia tradicional. A empresa fabrica chapas de bronze e de cobre.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (ligado à CUT), a paralisação afetou a produção da fábrica no primeiro turno da produção e parte do setor administrativo da empresa. A Termomecânica não se manifestou.
O protesto ocorreu porque o Grupo 9 da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) insiste em conceder reajuste de 4,66% de reposição e aumento real de 2,09%. A categoria reivindica reajuste de 3% acima da inflação como concederam as montadoras, autopeças e setor de fundição.
O diretor do sindicato, José Paulo da Silva Nogueira, destacou que a paralisação só durou duas horas porque a companhia manteve os 300 funcionários do terceiro turno até o final do movimento. Antes, a idéia dos organizadores era parar a unidade por um dia, como vem acontecendo na maioria das empresas do segmento desde segunda-feira.
"Seria muito ruim fazer esses empregados dobrarem o horário de trabalho por conta do movimento. Assim, decidimos fazer uma parada menor e protestar contra a truculência dos empresários", protestou Nogueira. Ao todo, a Tecnomecânica conta com 2 mil funcionários, de acordo com o sindicalista.
O sindicato também programou uma nova paralisação na próxima segunda-feira em outra empresa do setor em São Bernardo. No entanto, Nogueira não adiantou qual será o alvo.
Desde o início do movimento, a categoria paralisou 11 empresas de São Bernardo e Diadema. No mesmo período, três fábricas atenderam às reivindicações, mesmo sem o fechamento do acordo com o Grupo 9.
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