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Terça-Feira, 23 de Abril de 2024

Palavra do Leitor
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Palavra do leitor
O reverendo, o bispo e o rabino
Do Diário do Grande ABC
23/12/2018 | 12:17
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Às vésperas do Natal, é oportuno realçar a ligação entre a fé e os direitos humanos. Vamos começar este texto lembrando o apóstolo Paulo, que, a meu ver, sintetizou o cristianismo na epístola que escreveu sobre o amor.

“Ainda que eu falasse todas as línguas dos homens, isso de nada valeria se eu não tivesse amor. Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos pobres, nenhum significado teria esse gesto se eu não tivesse Amor.”

Podemos colocar o apóstolo Paulo no ano de 2018 e, dentro de sua linha de ensinamento, desdobrar sua palavra: ‘Ainda que eu conheça e cumpra todos os artigos do Código de Direito Canônico, isso de nada valerá se eu não tiver amor; ainda que os juízes sentenciem na forma da lei, se as sentenças não traduzirem Justiça, o Direito estará sendo profanado’.

O amor, na lição de Paulo apóstolo, é a grande diretriz da vida, é a balança através da qual, com a medida do absoluto, pesamos tudo que é relativo. A lei é relativa. O Direito é absoluto.

Todos os códigos, de todos os países do mundo, devem estar submetidos aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A lei que rasga os direitos humanos não é lei, mas profanação da lei. A sentença judicial que insulta os direitos humanos não é sentença que mereça respeito, mas prostituição da toga. (Peço desculpas às prostitutas por usar a palavra prostituição referindo-me à sentença que esmaga a dignidade do Direito.)

Depois de reverenciar o apóstolo Paulo, vamos trazer à lembrança três apóstolos brasileiros – reverendo Jaime Wright (evangélico), dom Paulo Evaristo Arns (católico) e rabino Henry Sobel (judeu).

Embora seguissem rotas religiosas diferentes, esses três ‘apóstolos’ encontraram sintonia na defesa desassombrada da dignidade da pessoa humana. Quando o Brasil estava sacudido pela ditadura, esses três ‘apóstolos’ denunciaram a tortura, sofreram toda sorte de ameaças, colocaram a própria vida em perigo, na defesa dos direitos humanos. 

O livro Brasil Nunca Mais, o mais monumental documentário sobre a tortura no Brasil, mostra como foram tristes e perigosos aqueles dias e como o templo católico, o templo evangélico e o templo judeu, sob a liderança desses três ‘apóstolos’, foram o refúgio dos perseguidos, foram antena capaz de ouvir os gemidos e as dores dos que eram massacrados.

O Brasil é País de jovens. E os jovens frequentemente não têm conhecimento desses fatos.

Os mais velhos têm o dever de testemunhar sobre o passado, a fim de que se construa o futuro com segurança. Aos 82, estou cumprindo este dever. 

João Baptista Herkenhoff é juiz de Direito e escritor.

Palavra do leitor

Boas-Festas 

 O Diário recebe e retribui votos de Boas-Festas a Abra (Associação Brasileira de Reciclagem Animal); Algrasp (Academia de Letras da Grande São Paulo); Maria Zulema Cebrian; Ana Maria Stopa; Família Feitosa; Ipsos Brasil; Anagrama Comunicações e Eventos; Reila Criscia; Maxpress; Secco Consultoria de Comunicação; Editora Unesp Fundação; Roberto e Míriam Vertamatti; deputado estadual Itamar Borges; De Paulo Contábil; Rodrigo Alves; deputado federal Roberto de Lucena; Famiglia Brasilitália; Luiz José Moreira Salata; CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo); Futuretransport; Justino de Oliveira Advogados; Gustavo Justino de Oliveira; Tania Tavares, Gustavo Henrique Marinheiro Carli; Luiz Henrique Toqueiro; Vitor de Arruda Fernandes; Giovana marinheiro. 

Tortorello 

 Há 14 anos São Caetano perdia um de seus melhores prefeitos: Luiz Olinto Tortorello. O que eu precisava desse homem maravilhoso, sempre conseguia. Diferentemente de hoje, que alguns chefes de Executivo não ajudam seu semelhante, e isso é muito triste. Tenho saudades desse homem maravilhoso. São Caetano nunca mais terá prefeito como Luiz Olinto Tortorello. Amo demais sua família. 

Fernando Zucatelli 

 São Caetano

Lixão 

 Lixão vem crescendo na Avenida Ayrton Senna, ex-Oscarito, em Mauá. É um tremendo descaso da Prefeitura, que nada faz nem manda recolher.

Renato Mendes

 Mauá

Placas 

 Não sei se é preciso colocar tantas placas de sinalização, do tipo ‘pare’ e ‘proibido estacionar’. Para motoristas mal-educados isso de nada adianta! E mais: as calçadas no Jardim do Mar, em São Bernardo, estão péssimas. Além disso, vieram furar logo em frente à minha casa. Não bastasse isso, em frente existe enorme seringueira, as folhas caem e entopem bueiros. Os galhos caem em cima dos carros, bem onde podem estacionar. Já encaminhamos pedido para a Prefeitura tomar providências, mas nada acontece. 

Lucienne Camargo

 São Bernardo

De que lado?

 Com as últimas notícias, que li neste Diário, há clima de suspense em toda Mauá, uma vez que o presidente da Câmara, Admir Jacomussi, pai do prefeito preso, resolveu convocar os vereadores da Casa para conceder prazo maior para o afastamento do chefe do Executivo, pois, por conta do recesso, o STF (Supremo Tribunal Federal) não julgou o habeas corpus impetrado pela defesa – negado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Sendo assim, cabe à população ficar de olho na posição e atitude dos vereadores para tal ocasião, já que os mesmos também estão sendo investigados. Veremos de que lado eles estão, ou seja, do povo, que os elegeu, ou do prefeito corrupto e preso. Deus tenha misericórdia de Mauá.

Rosângela Caris 

Mauá

Terreno 

 Peço a gentileza de o órgão competente da Prefeitura de São Bernardo vistoriar terreno no fim da Rua 27 de Abril, 64, Vila Marisa, no Rudge Ramos, pois o mesmo precisa de limpeza. Fica em frente à Avenida Lions. Tem placa proibindo jogar lixo, mas ela fica ‘de enfeite’. Os moradores deveriam se juntar para mutirão e limpar, porque a administração municipal já fez limpeza outras vezes. O povo da Vila Marisa – e do Rudge Ramos – já cansou de tanta sujeira. Agradeço à Prefeitura, pois é trabalho incansável. Os mendigos abrem os sacos de lixo, que fica espalhado.

Laudi Val de Camargo

 São Bernardo




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