O secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), mantém o relacionamento com São Caetano, cidade que geriu durante os últimos oito anos, via seu assessor e ex-chefe de gabinete Luiz Antonio Cicaroni (PP).

De acordo com Auricchio, mesmo distante do Palácio da Cerâmica, muitos residentes da cidade tentam manter contato. Porém, por conta da agenda agitada na Pasta estadual, que também trata de assuntos diretos sobre a Copa do Mundo de Futebol de 2014, Cicaroni é acionado para organizar essa relação. "Tenho percorrido o Estado ao lado do governador (Geraldo Alckmin, PSDB). Não é só por conta do Esporte que sou procurado, são amigos, políticos e munícipes de São Caetano que tentam esse contato", relatou o petebista.

Todos esses contatos chegam a Cicaroni, que organiza a agenda e identifica as principais demandas. "Quando vejo que é possível resolver de lá, eu resolvo. Mas, se sinto que a visita e o encontro com o secretário são necessários, eu agilizo a visita da forma mais rápida", detalhou o assessor.

Além do relacionamento, o pepista mantém o ex-prefeito informado sobre o cenário político da cidade. Lotado na sede da Secretaria que fica na região central da Capital, Cicaroni se desloca todas as terças-feiras para acompanhar os desdobramentos da sessão do Legislativo municipal. "Entro um pouco mais cedo para dar tempo de chegar na Câmara. É bom para acompanhar e agilizar os contatos do Auricchio com o setor político e esportivo da cidade."

Às quartas-feiras, Cicaroni mantém o encontro de Auricchio com amigos em escritório em São Caetano. "Essas reuniões são importantes. Eu faço os convites e tento manter um fluxo de pessoas por aqui." O evento costuma contar com a presença de agentes políticos, munícipes e pessoas ligadas a variados setores.

Desafeto

Auricchio tem evitado comentar as ações do prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), que venceu a ex-prefeiturável governista Regina Maura Zetone (PTB) em outubro. O motivo é tentar evitar que o atrito eleitoral seja prolongado. O desafeto, no entanto, tem sido alimentado pela divergência das versões sobre os restos a pagar que ficaram no caixa do Paço de 2012 para 2013. O peemedebista diz que foram R$ 264,5 milhões e o antecessor alega R$ 108 milhões.