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Pressões, demandas e volta às origens

Anderson Silva não cansa de falar que o preço da fama e o sucesso colossal dos últimos anos foram grandes entraves para acabar com o reinado de quase sete anos nos médios do UFC

Por Fernando Cappelli
Do Diário do Grande ABC
25/07/2013 | 07:00
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Anderson Silva não cansa de falar que o preço da fama e o sucesso colossal dos últimos anos foram grandes entraves para acabar com o reinado de quase sete anos nos médios do UFC. Nos últimos dias, o lutador deu entrevistas em programas de televisão, se emocionou, fez mea-culpa e abordou mais sequelas da fatídica derrota para Chris Weidman na edição 162.

O Spider sofre com pressões como todos os outros atletas que se tornam grandes produtos comerciais. O fator agravante é que o brasileiro pratica modalidade individual capaz de mexer e remexer com o aspecto passional a cada golpe, ação ou palavra mal colocada.

Os antagonismos de quem o sucesso mastodôntico nos esportes ganham capítulos novos de amor e frustração na mesma medida em que as cifras engordam. No mercado guiado pela fórmula ‘talento + imagem’ não basta apenas ser excelente no que faz, mas sim adotar uma postura administrativa condizente e estratégias para aprender a lidar com as diversas demandas e tudo mais que acaba atrapalhando.

O lutador deixa bem claro que aprendeu com os erros em momentos em que a soberba lhe custou caro. Foi assim há alguns anos, quando causou a ira de Dana White após a atuação exagerada e repleta de mímicas e xingamentos contra Demian Maia, no UFC 112. Foi assim agora há pouco, quando mais uma vez perdeu feio a meada entre a provocação e a performance e tentou descontar toda ansiedade e peso dos holofotes em Chris Weidman.

Arrependido e com novo choque de realidade ainda mordendo o calcanhar, a partir de agora o enredo do brasileiro deve caminhar no melhor estilo daqueles filmes de ação mais clichês. Superação e volta às raízes das artes marciais serão palavras de ordem para voltar ao rumo certo. Spider disse que deve ir até a Tailândia reaprender fundamentos do muay thai, modalidade pela qual é apaixonado desde criança e que tem sentido falta no atual ‘emprego’.
De qualquer forma, esta revigoração pode ser o ponto de partida e a chance derradeira de uma carreira com muito mais altos do que baixos. Anderson é o cara mais importante do MMA na última década. Mesmo quando troca as bolas e faz todos acreditarem o contrário.
Livro

Locutor-símbolo do UFC, Bruce Buffer lançará biografia em português. No dia 2 de agosto, um antes do UFC Rio 4, no HSBC Arena, o figuraça lança o livro “It’s Time – Minha visão 360 graus do UFC”, em livraria carioca. O livro vai abordar a visão do profissional, que trabalha para a organização desde 1993.
Musa do MMA participará do filme Os Mercenários 3
Campeão do peso galo do UFC, a musa Ronda Rousey vai seguir os passos de outros lutadores, e também se arriscará no cinema. Ontem, Sylvester Stallone, ator e diretor de Os Mercenários 3, afirmou via Twitter que a primeira detentora de cinturão no Ultimate estará na sequência do filme, da mesma forma como Victor Ortiz, ex-campeão do Boxe.
Randy Couture, ex-campeão do UFC e Hall da Fama do evento, Anderson Silva, Lyoto Machida, Cung Le e Gina Carano, que já foi a número um do MMA feminino, são exemplos de lutadores que já brilharam na telona.

De novo?

Para a segunda luta entre os meio-pesados, onde vai encarar o brasileiro Maurício Shogun, dia 17 de agosto, em Boston, o falastrão norte-americano Chael Sonnen recolocará em questão o polêmico – mas ainda permitido – TRT (tratamento de reposição de testosterona), do qual o lutador é adepto. “Foi aceito. Farei novamente, sem culpa, estou dentro da lei”, disse.
Brasileiras

Com 11 vitórias e sem nenhuma derrota na carreira, Claudinha Gadelha tem se destacado no cenário do MMA feminino. No último compromisso, dia 13, a brasileira finalizou Ayka Hamasaki, pelo Invicta FC (organização apenas com lutas femininas), resultado que a levará à disputa do cinturão, em outubro, contra Carla Esparza.

Lá e cá

Daniel Cormier decidiu o futuro. Em dúvida sobre permanecer como peso pesado (atual divisão que disputa) ou baixar de categoria, o lutador disse que vai pedir chance de cinturão na categoria meio-pesado caso vença a próxima luta, contra o ‘gordinho’ Roy Nelson, na edição 166, em outubro.




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