Cultura & Lazer Titulo Música
Uma história de encontros

Hugo Branquinho lança Embrião, disco que permeia os mais de dez anos dedicados à música e à arte

Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
15/07/2013 | 07:00
Compartilhar notícia


A arte do encontro é vigorosa na história do músico mineiro Hugo Branquinho. Nascido na cidade de Três Pontas, em Minas Gerais, o jovem músico, cantor e compositor, aos 14 anos foi convidado por Milton Nascimento a participar de uma faixa na gravação do DVD 'Pietá'. Alguns anos depois, participou de outro álbum do cantor, '...E A Gente Sonhando', que reunia jovens talentos trespontanos.


Agora, aos 24, dez anos depois do primeiro contato com Milton, do início de sua vida musical ao lado do irmão Heitor Branquinho, de sua passagem pela região – ele estudou por dois anos na Escola Livre de Teatro de Santo André –, Branquinho lança 'Embrião', disco que faz um apanhado de todo esse tempo de encontros, músicas e histórias. O disco, disponível para audição no site www.hugobranquinho.com.br, também está à venda na página.


“Até os 13 anos não era completamente voltado à música. Quando conheci o Milton, estava começando a entender, nem sabia o tamanho da pessoa que estava à minha frente. Foi depois que fui ouvir as obras todas, não só dele, mas de outras gemas. Até então escutava Engenheiros do Hawaii, Legião Urbana”, conta ele.


O disco carrega todos esses capítulos. Desde 'Sonhar', feita de um poema escrito aos 15 anos até 'Antonio' (com parceria de Nascimento), que celebra o nascimento de seu primeiro filho. “Fazer um disco sempre foi um sonho, há muito tempo já tinha as canções, tudo parece amarrar uma trajetória, conta uma história, a história da minha vida. Quando minha mulher disse que íamos ter um filho, e eu tinha acabado de sair da ELT, pensei que estava na hora de fazer esse trabalho. Então, escrevi as duas últimas canções. 'Antonio' e uma em homenagem à Serra de Três Pontas”, revela Branquinho, que diz ter transposto muito de sua essência mineira para a obra. “Minhas músicas têm muita pitada mineira, apesar de passear por muitos outros gêneros, como a bossa nova e o samba-canção, por exemplo. O que eu penso é que não é possível me desvencilhar da minha raiz, do que vivi na minha cidade, da batida do violão, de tudo que escutei desde novo.”


Nos tempos do teatro, iniciados a partir de 2008, quando ele trocou Minas por São Paulo, mais do que atuar, ele aprendeu ainda mais sobre música. Além da ELT, ele passou por faculdade de artes cênicas. E saiu das duas experiências mais íntimo da música. Foi nesse período que ele experimentou aprender instrumentos como flauta transversal, sax e clarinete.


O encontro propiciado na escola da região – que tem proposta de ensino horizontal, de compartilhamento – foi também decisivo para a sua caminhada. “Lá se vive um intenso processo de criação. Estar junto de 20 pessoas todos os dias, com mestres atuantes na cena de São Paulo, tudo isso contribuiu para que eu pudesse enxergar mais além. O teatro para mim sempre foi mais uma forma de expressão, não só um complemento, mas uma parte orgânica de mim. Se estou na música, posso usar tudo o que aprendi em cena no palco.” 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;