Márcio Bernardes Titulo
Juiz Ladrão

Um roubo a céu aberto

Especial para o Diário
17/05/2013 | 00:00
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Sempre avaliei que Carlos Amarilla e Oscar Ruiz eram os melhores árbitros das Américas. Suas atuações sempre foram seguras e precisas. Claro, que em um torneio como a Libertadores, um árbitro assim oferece ainda mais segurança ao visitante. Mas o que se viu na quarta-feira, no Pacaembu, foi um roubo a céu aberto.

Logo aos nove minutos de jogo, o pênalti não marcado de Marin, que tocou a mão na bola, como se estivesse jogando basquete, poderia levantar desconfiança. E Amarilla estava a dois metros da jogada, com visão privilegiada. Emerson não pôde dar sequência ao lance, que resultaria fatalmente em gol e ainda tomou injusto cartão amarelo.

Aos 23, o assalto contra o Corinthians tomou feições de quadrilha. Romarinho marcou um gol legítimo, muito bonito e um tal de Rodney Carruzo levantou a bandeira. Mas por que aquilo, se Romarinho não estava nem na mesma linha da defesa e, portanto, tinha condição legal? A resposta é fácil: é porque o trio de arbitragem veio para São Paulo para assaltar o Corinthians.

 

Não ficou só nisso. Aos 15 minutos do segundo tempo, quando o jogo estava 1 a 1, Paulinho virou o placar, marcou um gol legítimo, desta vez anulado pelo outro bandeira, Carlos Cáceres. Esse senhor paraguaio também viajou para São Paulo com a missão precípua de operar o Corinthians. Nem sei se ele é médico, mas tenho certeza de que ele executou uma função sem ser formado em Medicina. É que ele também comprovou que tem muita experiência neste caso: operar equipes de futebol.

 

Pensei que uma coisa dessas havia acabado no futebol. E continuar desta forma será a mais completa desmoralização. Antigamente, árbitros se vendiam como se vende frutas na feira e foi muito difícil, na época, amenizar esse desmando de dirigentes e apitadores.

Infelizmente, para o Corinthians, a equipe foi eliminada da Libertadores e perdeu a chance de ganhar o bicampeonato. Graças à influência política argentina na Conmebol. A vida segue, mas com a esperança dos bons de que ela seja um pouco mais honesta.

 

 

O VASO QUEBROU

O Palmeiras está fora da Libertadores e a derrota para o fraco Tijuana nem surpreendeu. A torcida sabia, desde sempre, que esse elenco é limitado e que as últimas conquistas aconteceram exclusivamente porque houve uma sintonia impressionante entre a arquibancada e o gramado.

 

A galera que lotou o Pacaembu até que tentou. Mas, com o passar do tempo e o que se via entre as duas equipes, entendeu-se que seria muito difícil chegar lá. A falha do goleiro Bruno, que não pode ser o único culpado, além de nenhum esquema tático, correria exagerada e ansiedade contribuíram para facilitar a missão mexicana.

 

Os dirigentes sabem que precisam reforçar o grupo. Como sabem também que, com isso, não será fácil ganhar a Série B e retornar a Série A.  




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