Os policiais encontraram com o acusado cerca de 400 litros de uísque nacional de baixa qualidade, mil garrafas vazias de uísque importado, além de rótulos, lacres e tampas de marcas famosas da bebida.

"Ele comprava as garrafas de garçons de casas noturnas e os rótulos, lacres e tampas falsificados de empresas de fundo de quintal. Depois, preenchia os recipientes vazios com um uísque que custa de R$ 2 a R$ 5 em adegas da cidade", explicou o chefe do Garra, Geraldo Oliveira.

Nunes gastava aproximadamente R$ 5 para falsificar cada garrafa na sua casa. Depois, o uísque era vendido aos estabelecimentos por preços que variavam de R$ 15 a R$ 20, dependendo da marca e do tempo de envelhecimento que consta no rótulo da bebida (oito ou 12 anos). A dose de uísque em casas noturnas é vendida, em média, por R$ 10 e nos supermercados a garrafa pode custar cerca de R$ 80.

Segundo o chefe do Garra, a polícia já vinha recebendo denúncias de venda de uísque falsificado em São Bernardo. "Já estávamos investigando, quando uma equipe do Garra encontrou toda a mercadoria na casa desse rapaz. Agora, vamos procurar os outros envolvidos no esquema e descobrir quais são as fábricas que produzem as tampas e os lacres", disse Oliveira.