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Celíaca atinge mais as crianças
Sucena Shkrada Resk
Do Diário do Grande ABC
04/05/2002 | 16:45
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Este domingo é o Dia Internacional do Celíaco, pessoa que não tolera o glúten, proteína presente no trigo, centeio, malte e aveia. A patologia é pouco conhecida e, por isso, os eventos serão voltados à orientação da doença.

A celíaca atinge principalmente crianças nos primeiros anos de vida e na fase pré-escolar. São crianças que têm uma predisposição genética para a atrofia da vilosidade intestinal – parte interna do intestino –, responsável pela absorção de alimentos. A atrofia acontece quando há a ingestão de alimentos compostos por glúten.

“Os sintomas clássicos são diarréia crônica, anemia, vômito, atrofiamento do glúteo e distensão da barriga. Nas formas mais raras, contribui para o aparecimento da osteoperose, baixa estatura de origem desconhecida e anemias, que não apresentam melhora com a ingestão de alimentos com ferro”, explica Vera Lúcia Sdepanian, professora de gastroenterologia pediátrica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Segundo a especialista, a biópsia do intestino delgado é um exame indispensável para detectar a doença.

O único tratamento eficaz para combater a doença é abolir totalmente o glúten do cardápio, segundo a presidente da Acelbra (Associação dos Celíacos do Brasil), a professora Regina Maria Bonini Franco de Oliveira. “Nosso grupo existe desde 1985; em 1994, fundamos a entidade, que conta hoje com cerca de 2,5 mil associados em todo o país.”

A Acelbra quer que o Ministério da Saúde dê um subsídio para a doação de uma cesta básica aos portadores da doença. Em seu site (www.acelbra.org.br), a associação dá orientações e receitas de refeições alternativas. Entre as opções, estão a farinha de arroz, de mandioca, milho, fécula de batata e polvilho.

Eventos – Hoje, países como Brasil, Argentina, Canadá, Espanha, Itália, Estados Unidos e Uruguai organizam eventos. Em São Paulo, acontece uma caminhada, a partir das 9h, com saída da frente do portão 7 do Parque do Ibirapuera (avenida República do Líbano, 1.100). A coordenação é da Acelbra.

Mais informações sobre a doença e sobre os eventos podem ser obtidas pelos telefones 6641-7204 (Elizete) e 5093-5837 (Marlene). Já na Unifesp, é mantido um ambulatório com atendimento específico gratuito para diagnóstico e tratamento dos celíacos, na rua Pedro de Toledo, 443, Vila Clementino, em São Paulo, às sextas-feiras, das 8h às 12h.




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