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Rio Grande: Kiko só perde se errar, dizem especialistas
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
04/08/2004 | 15:18
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O candidato do PSDB à Prefeitura de Rio Grande da Serra, Adler Kiko Teixeira (PSDB) dificilmente perderá o pleito do dia 3 de outubro. A afirmação é dos cientistas políticos Maria do Socorro Braga e Rui Tavares Maluf, com base na pesquisa de intenções de voto Brasmarket/Diário publicada na edição de ontem. Presidente licenciado da Câmara, o tucano permanece na liderança com 41,3%, embora tenha perdido dois pontos percentuais nos últimos dois meses.

"É muito difícil o Kiko perder essa eleição, salvo algum erro grosseiro de campanha. Sua situação é muito confortável", afirmou Tavares Maluf, apesar de pesquisa de intenções de voto ser retrato do momento. "Se mantiver o percentual, o candidato do PSDB praticamente vencerá a eleição", ressaltou Maria do Socorro, mesmo há dois meses do pleito eleitoral. Outro dado levado em conta pelos estudiosos é o fato de o candidato tucano ter um passado político na cidade: vereador, presidente da Câmara e irmão de ex-prefeitos (José Teixeira e Aarão Teixeira - esse último eleito com 19 anos, em 1976, e considerado o mais jovem do Brasil na época).

Nesse caso, a disputa pelo segundo lugar focará entre o pefelista Valmir Copina, atualmente com 17,5%, e o petista candidato da situação, Carlos Augusto César, o Cafu, que alcançou 16,4% dos votos. Os dois candidatos estão empatados tecnicamente. "O Cafu tem o ônus de ser governo, e o Copina deve buscar mais votos dos indecisos", ressaltou Tavares Maluf, que é sócio da Processo e Decisão Consultoria Política. No entanto, o pefelista registrou maior crescimento. Na pesquisa de dezembro, estava em terceiro lugar com 4,5% das intenções de voto e assumiu a segunda colocação em julho, com 17,5%.

Na análise de Maria do Socorro, cientista política da USP (Universidade de São Paulo), o crescimento de Copina deve-se ao fato de muitos eleitores que em dezembro não sabiam em quem votar, na pesquisa de julho optaram pelo pefelista. "É aquele eleitor insatisfeito com as propostas do PSDB e contrários à administração do PT", explicou.

Tavares Maluf ressaltou ainda que Copina pertence ao PFL, embora em Rio Grande da Serra o partido não tenha expressão. "Sem dúvida, é uma legenda forte por trás, com destaque nacional. Isso pode ter contribuído para o seu crescimento", analisou, em tese, o cientista. Ele também acredita que o salto de Copina deve-se ao fato dos "votos dos indecisos".

Ainda de acordo com Maria do Socorro, apesar da identificação de migração dos novos eleitores de Copina, não é possível ainda detectar a razão. "Acredito que tenha a ver com a proposta de governo do candidato", acrescentou. Porém, é bom lembrar que essa é a terceira campanha municipal que o pefelista disputa. Em 2000, ficou em segundo lugar, atrás do atual prefeito, Ramon Velasquez (PT).




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