Uma vazão de três litros de água por minuto. Essa é a quantidade de desperdício que os moradores do Jardim Thelma, em São Bernardo, calculam para o vazamento na rua Reinaldo Teixeira, há mais de 20 dias. O abastecimento não chega a ser comprometido, mas, mesmo assim, alguns moradores da rua dizem ter pedido o conserto da tubulação várias vezes à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

A diarista Maria de Fátima Augusto, 27 anos, diz que já ligou quatro vezes para a autarquia responsável pelo abastecimento de água na cidade e sempre obtém a mesma resposta. “Em 24 horas, eles estariam aqui para consertar. Mas até agora nada”, reclama. Os vizinhos de Maria de Fátima dizem escutar respostas semelhantes dos atendentes da Sabesp. O taxista João Coradázio Moreira, 48 anos, desistiu de reivindicar os reparos. “A gente liga, recebe o número do processo. Daí eles falam que o carro já está na rua para vir arrumar e nada”, explica.

Indignação – Como o vazamento fica em frente à sua casa, a esteticista canina Maria Marinho de Meneses, 32 anos, também reclamou.

“Acho um absurdo ficarem jogando água limpinha fora. É um problema tão simples de arrumar, mas vão deixando de lado”, afirma a moradora que diz ter feito o primeiro pedido de reparo à Sabesp no dia 15 de novembro.

“Eles pedem tanto para a gente economizar e aqui fica o dia inteiro vazando. E o pior, aqui está jorrando enquanto outros lugares nem tem água limpa”, argumenta a dona-de-casa Marilene Ferreira de Oliveira, 37 anos. A mesma opinião é compartilhada pela vizinha Maria de Fátima. “Dizem que a gente tem de lavar o quintal apenas uma vez por semana. Imagina quantos quintais não poderiam ser lavados com essa água que escorreu aqui? É um absurdo porque nós fazemos a nossa parte, mas eles não fazem a deles”, afirma.