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Samba, suor e inclusão!
Do Diário do Grande ABC
02/03/2019 | 10:14
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Carnaval é tempo de quebrar barreiras, preconceitos e curtir a Folia nas ruas, nos salões ou mesmo em uma viagem para fugir de toda essa festa. Período para extravasar, ‘rasgar a fantasia’ e fazer pausa para continuar o ano, que só está começando.

O Carnaval para o brasileiro é mais que uma festa. É direito de todos. Todos? Onde ficam as pessoas com deficiência durante esse período de Folia? Há tempos que não é mais possível ver e ouvir o Carnaval passar apenas pela televisão e pela janela.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 24% dos brasileiros possuem algum tipo de deficiência. São cerca de 45 milhões de foliões à espera de espaço nessa diversão. 

O Carnaval inclusivo é realidade de sucesso que vem ganhando novas iniciativas que têm transformado essa festa em realmente popular. A inclusão não é uma escolha. É dever. A essa altura dos fatos, não é mais possível tornar invisíveis crianças e adultos com deficiência de qualquer tipo nessa festa. A Folia deve ser opção de todos e não o contrário.

E essa busca pela inclusão carnavalesca existe. São tantas inciativas pelo Brasil afora que nem dá para citar, mas dá para entender o quanto a demanda é real e necessária. 

Em uma rápida pesquisa pela internet já é possível encontrar blocos com nomes para lá de bem-humorados, como, por exemplo, ‘Escola de Samba Embaixadores da Alegria’, bloco ‘Todo Mundo Cabe no Mundo’, bloco ‘Senta que Eu Empurro’, ‘Bloco Inclusivo Eficiência e Folia’, bloco ‘Tá Pirando, Pirado, Pirou!’, ‘Bloco do Pedal’, ‘Bloco Eficiente’, bloco ‘Samba com as Mãos’, entre outros que nascem todos os dias e agrupam mais e mais interessados nesse artigo de luxo que é a alegria.

Incluir pessoas com deficiência requer muito menos do que se imagina. A regra é deixar valer a máxima ‘quanto mais acessibilidade, menos eu percebo as limitações da deficiência’. Como a alegria é a tônica desse enredo, vamos tornar as coisas mais fáceis e menos constrangedoras nesses momentos de euforia e lembrar que pessoas com deficiência também comem, beijam, dançam (por que não?). 

Não precisam ser exaltados como heróis, vencedores etc. Isso é incômodo e prejudica a inclusão de fato. Ajuda pode, quando for solicitada. Ah, e cadeira de rodas não é guarda-volumes!

Clamemos às agremiações, aos governos, às instituições ligadas a essa festa: ‘Vamos incluir todo mundo! É simples e é justo’. Que as máscaras do preconceito caiam de vez e mostrem Carnaval igualmente feliz e seguro para todos! A festa é sua, a festa é nossa, é de quem quiser...

Carolina Ignarra é sócia-fundadora da empresa Talento Incluir.  

Palavra do leitor

Cães bravos
Os moradores da Vila Suíça, em Santo André, estão enfrentando problemas com cães bravos que ficam em uma oficina da Rua Champolion, 294. Recentemente, os cães (um preto e um marrom) atacaram uma senhora e chegaram a rasgar o vestido dela. Não foi a primeira vez que eles atacaram alguém. Os cães recentemente mataram uma gatinha de uma criança perto da oficina, e o mecânico que cuida dos cães (que inclusive diz ser evangélico) disse que era apenas uma gatinha e não foi nada demais o que os animais fizeram, como se a vida da pobre felina não valesse nada. São bem grandes e ferozes, são cuidados pelo dono da oficina, conhecido como Roberto, que muitas vezes deixa-os para fora mesmo quando a oficina está fechada, e não faz nada quando eles atacam alguém. Às vezes até acha engraçada a cena. Onde está a Prefeitura para recolher esses animais ferozes da rua?
Carlos Santos
Santo André

Fora da realidade
Ao invés de mandar filmar e enviar ao Ministério da Educação imagens de crianças cantando o Hino Nacional e lendo texto com trecho de campanha de Bolsonaro (Setecidades, dia 27), o ministro Ricardo Vélez Rodrigues deveria sugerir que professores, funcionários e estudantes filmassem as péssimas condições das escolas brasileiras, tanto estaduais quanto municipais, a má qualidade da merenda, o cenário de abandono dos prédios e, aí sim, enviassem vídeos à pasta para que providências fossem tomadas. O pessoal deste governo age como se não tivesse mais o que fazer, como se não houvesse demandas muito mais importantes. Precisam acordar para a realidade do País e parar de brincar de governar. Isso não é brincadeira.
Paulo Ricardo Berttollatto
Diadema

Corporativismo
Inadmissível o comportamento de toda a Câmara de Santo André no caso Elian Santana! Além de não tomar providência, nenhum nobre edil manifestou-se sobre as medidas a serem tomadas e as que foram. Ação feita por uma advogada, fora do meio político, deu aula de cidadania e justiça aos mudos vereadores. Comportamentos como este, nos dias de hoje, serão lembrados durante a campanha de reeleição dos vereadores e terão que se explicar ao eleitor. Não posso esquecer que alguns notórios edis, que participaram das últimas eleições apenas para engordar o famigerado quociente eleitoral para eleger mais um, logo depois abandonam os mandatos em detrimento de seus eleitores e caminham para cargos mais polpudos ou abandonam para tomar conta de seus negócios particulares. Posso estar redondamente enganado, mas esta legislatura é uma das piores que já passaram por terreno que representa a população andreense. Saudades do Pinheirinho.
Roberto Gomes da Silva
Santo André

Captação de água
Referente à reportagem ‘Recursos para recuperação de mananciais são subutilizados’ (Setecidades, dia 26), a Fabhat (Fundação Agência da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê), CBH-AT (Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê) e o Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) esclarecem que o Fehidro não arrecada valores referentes à cobrança pela captação de água bruta. A arrecadação é uma das fontes de seus recursos. O Fabhat não é o órgão responsável pela aprovação dos projetos, e sim o Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.
CBH-AT

Enel
Registro nesta coluna minha indignação com a falta de serviço prestado pela empresa Enel (Ente Nazionale per L’energia Elettrica). Moro no bairro Baeta Neves, em São Bernardo, e no dia 26 acabou a energia por volta das 14h. Somente no dia 27, após as 16h30, a mesma foi restabelecida. Registrei, assim como diversos outros moradores, vários protocolos, nos quais eram prometidos diversos horários para que a energia voltasse. É inadmissível que tenhamos que ficar mais de 30 horas sem energia. E alegar que havia muita demanda é muito vago. Atitude desrespeitosa e desumana foi o que essa empresa fez conosco, algo que merece ser investigado. Fica aqui meu apelo ao Ministério Público e à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para que apurem a conduta da Enel e faça a mesma se explicar, pois fato como este não pode ser repetir, e é o que tememos.
Thiago Scarabelli Sangregorio
São Bernardo
 



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