A juíza da 1ª Vara do Júri de São Paulo, Débora Faitarone, marcou para quarta-feira audiência sobre o caso do ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), de Diadema, preso desde maio após agressão a um empresário em frente ao Instituto Lula, na Capital. Nesse dia, a Justiça decidirá de Maninho e seu filho, Leandro Eduardo Marinho, responderão por tentativa de homicídio com dolo eventual ou por lesão corporal. Além disso, haverá definição se ambos serão levados a júri popular.

A informação foi repassada pela advogada de Maninho e Leandro, Patrícia Cavalcanti, que ontem esteve na sessão em Diadema. O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) não confirmou nem desmentiu.

Maninho e Leandro se envolveram em entrevero com o empresário Carlos Alberto Bettoni no dia 5 de abril, data em que o juiz federal Sergio Moro decretou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bettoni foi para frente do Instituto Lula para defender a prisão do petista, mas foi agredido por Maninho e Leandro. O ex-vereador de Diadema empurrou o empresário, que bateu a cabeça no para-choque de um caminhão que passava pela rua no momento, e teve de ser internado por traumatismo craniano – teve alta dias depois.

À época, Maninho argumentou que foi ofendido e que empurrou levemente Bettoni, que se desequilibrou e caiu. Disse que não foi ao hospital para “para não se envolver em novo entrevero”. Leandro também declarou, em oitiva, que “não compareceu (ao complexo hospitalar) porque os ânimos entre as partes estavam exaltados”.

Mesmo com as alegações, o Ministério Público pediu a prisão de Maninho e Leandro, por tentativa de homicídio por dolo eventual (quando se assume o risco), tese confirmada por Débora Faitarone. Os petistas se entregaram na segunda quinzena de maio e estão detidos no presídio em Tremembé, no Interior do Estado.