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França vai à final da Copa pela 3ª vez

Mais eficientes, franceses mostram maturidade para superar talentosa geração belga e se credenciam a lutar pelo bicampeonato

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
11/07/2018 | 07:00
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No confronto entre a juventude francesa e o talento da geração belga, prevaleceu a tradição da França, campeã mundial de 1998. Com gol do zagueiro Umtiti no início do segundo tempo, venceu por 1 a 0 e se garantiu na final da Copa, domingo, contra Inglaterra ou Croácia, que jogam hoje – a Bélgica pega, sábado, os perdedores na disputa do terceiro lugar.

A ida à final comprova a evolução do futebol francês, que alcança terceira decisão em 20 anos. Além de derrotar o Brasil em 1998, perdeu da Itália em 2006. Mas pela primeira vez chega à decisão do título com status de favorita depois de eliminar no mata-mata Argentina, Uruguai e, agora, a Bélgica.

A expectativa sobre o jogo era enorme pelo que franceses e belgas vinham apresentando. Roberto Martínez, técnico da Bélgica, optou pela entrada de terceiro volante, deixando a equipe mais defensiva, contrariando estilo que vinha encantando. Já a França também não tomou a iniciativa, como se esperava. Desta forma, o primeiro tempo ficou truncado, com poucos momentos de lucidez.

O gol de Umtiti, de cabeça, com apenas seis minutos do segundo tempo, deu tranquilidade aos franceses, que, mesmo com o segundo elenco mais jovem da Copa, com média de idade de 26 anos, teve maturidade para controlar a partida.

Restou à Bélgica abrir mão do esquema precavido. O problema é que o posicionamento da França na frente da área tirava os espaços que tanto precisam os melhores jogadores belgas. De Bruyne fez seu pior jogo na Copa e Lukaku não conseguiu aproveitar as raras bolas que recebeu para finalizar. O melhor do trio foi Hazard, que ainda assim teve dificuldade para superar a marcação.

Com a velocidade de Mbappé, a França parecia que poderia matar o jogo a qualquer momento. Só não o fez porque Giroud, em péssimo dia, e Griezmann desperdiçaram ótimas chances. Não fizeram falta.

No fim, a França esfriou o jogo e celebrou classificação que mantém vivo sonho do bicampeonato. Aos belgas, que não perdiam há dois anos (24 jogos), sobrou lamentação de geração espetacular. “É uma emoção difícil de gerir, estamos desiludidos. É difícil ver o próximo jogo como oportunidade. Vamos tentar recuperar e lutar pelo terceiro lugar, algo que a Bélgica nunca conseguiu. Será difícil mobilizar os jogadores”, disse o técnico dos belgas, o espanhol Roberto Martínez. 




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