Branca de Neve nunca foi tão ousada. Em Espelho, Espelho Meu, que estreia na sexta-feira, a princesa de pele branca como a neve, cabelos pretos como a noite e lábios vermelhos como sangue é a líder dos ladrões: os sete anões.

Após ser abandonada na floresta pelo servo da Rainha Má (Julia Roberts), torna-se a versão feminina de Robin Hood. Seu plano é tirar a riqueza da madrasta - que usa o dinheiro dos impostos para manter a vaidade - e devolvê-la ao povo.

A protagonista Lily Collins mantém o tom doce e romântico de Branca de Neve. Ao mesmo tempo, é determinada e menos ingênua do que suas antecessoras, o que permite maior indentificação. "As versões atuais têm princesas modernas, independentes e mais próximas à realidade", explica Renata Junqueira, especialista em literatura infantil da Unesp.

A princesinha também chega com nova roupagem no filme Branca de Neve e o Caçador, estrelado por Kristen Stewart, com estreia prevista para 1º de junho. Ela é guerreira - com direito a armadura e escudo - e recebe ajuda do caçador (Chris Hemsworth) para lutar contra a madrasta. Nesta versão, o príncipe não será o escolhido para o ‘felizes para sempre'.

Mas, afinal, qual a verdadeira história da Branca de Neve? Não se sabe nem mesmo quem foi o autor. O conto é muito antigo, foi repassado oralmente por várias gerações. O primeiro registro oficial é dos irmãos Grimm, em 1812. A fábula era bem violenta, como outros contos da época.